domingo, 14 de junho de 2009

Ilusão concedida


Toda mulher quer ser única para seu homem, seja ele seu namorado, marido, escravo, amante... ou tudo junto! Mais do que fidelidade, no fundo da alma, todas elas esperam a satisfação do ego em ser especial, ser única, sentir-se singular, numa ilusão concedida...


Era tarde. Noite gelada. A comida estava pronta, os amigos bebendo vinho e todos os pratos à mesa. O celular teimava em não tocar. Incontinente em sua ansiedade, ela sai escada abaixo rumo ao carro. Sim, ele já deveria ter chegado!
Ao entrar no carro, o tão esperado toque do telefone e a notícia mais que esperada.
- Cheguei!
Mais do que depressa ela foi ao seu encontro. Era natural que preparasse tudo com certa antecedência e sempre tivesse um "coringa na manga" em caso de mudança de planos. Mas dessa vez ela sabia que os céus e os Exus (já que era dia deles) iriam conspirar a favor.

Lá estava ele, com seus longos cabelos e seu ar comportado de sempre. A travessura da aparência eram seus cabelos, volta e meia traídos pelos seus olhos verdes.

Ela o levou para seu antro, onde os amigos esperavam ansiosos, mais pela comida do que pela alegria da amiga ou pela curiosidade de contemplar o moço. Tudo parecia perfeito, mas o que ela queria mesmo era ficar a sós com ele. Adorava os amigos, porém aquele seria seu Valentine's Day torto e atrasado.

Concessões em excesso, ilusões malfadadas... de tudo aquilo ela estava acostumada a ser acusada. Só que esta era uma ilusão concedida. Era plena porque em seus braços se sentia única e Majestade!

As luzes foram desfocando, as pessoas se dissipando e o calor aumentando. Mostrou-lhe as calcinhas novas, dela e dele. Mandou que vestisse a mais rendada, fio dental. Não resistiu ao ver aquela bunda empinada com a calcinha totalmente enterrada. Era pedir demais que ela esperasse. Mordeu, deu algumas palmadas, imobilizou suas mãos nas costas e finalmente o possuiu, com toda pressa que uma Rainha sentimental tem, impulsionada pelo tesão acumulado.

Vestiu seu strap-ons, segurou suas ancas com firmeza e o penetrou, puxando seus cabelos em movimentos frenéticos. Mas o gozo só viria depois, quando ela entregou seus seios e seu sexo a ele. Mesmo com as mãos imobilizadas, fê-la chegar ao ápice sem tanto sacrifício na língua.

Noite afora se seguiu com mais e mais libido, mais e mais gemidos. Seriam mais notas eróticas num blog censurado pelos hipócritas. Porém, é assim que ela espera novamente o momento da ilusão concedida...

Um comentário:

  1. olá SRA.

    feliz com o coment deixado em meu cantinho..

    voltarei aqui para ler com calma

    meus respeitos.

    lua de Hägar

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