Na
volta da atividade deste blog, apresento a série “Fetiches
Vividos”. São textos em forma de descrições ou contos
apresentados pelos meus dois submissos: Kurumin e Hybris.
Cada
um vai descrever a seu modo a forma como vivencia ou imagina um tipo
de fetiche determinado por mim semanalmente. Relatos fiéis e
cotidianos, com o mínimo de cortes ou correções.
Espero
que gostem. O primeiro texto é sobre podolatria, prática que
aprecio e vivo há bastante tempo.
Kurumin
diz:
“Não
sei se considero isso um fetiche. Para mim é uma prática que faz
parte de qualquer relacionamento meu assim como beijar, andar de mãos
dadas e transar. Não sei viver sem um bom pé para beijar.
Comecei
a gostar de pés antes de me entender como gente. Acredito que devo
ter dado meus primeiros beijos em um pé mais ou menos aos 4 anos de
idade. Depois disso nunca mais parei e todos os meus relacionamentos
amorosos envolvem podolatria.
Atualmente
estou tendo os pés da minha Rainha para adorar e acredito ser a
combinação perfeita: uma mulher poderosa e de pés lindos, que
saiba como colocar um capacho em seu lugar. Pés são sempre bons,
mas quando vêm acompanhados dos reflexos de um longo de dia de
trabalho, suor, chulé e uma ordem: '- Tire meus sapatos e adore meus
pés', se tornam uma das melhores coisas do mundo.
Meu último fetiche
relacionado a isso é conseguir beijar os pés de uma completa
estranha, mesmo que essa estranha seja amiga da minha Dona.”
…
Hybris diz:
“Escrever já é difícil; falar
sobre alguma prática ou fetiche que não me agrada muito é mais
complicado ainda. Mas bom, o jeito é tentar.
Muitos me perguntam: gosta de fazer
massagem? Por impulso costumo responder que sim, afinal quem não
gosta de uma massagem nas costas? Grande engano, pedem-me para fazer
nos pés. E como explicar a alguém que eu não gosto de encostar nos
pés de outra pessoa e detesto mais ainda que encostem nos meus.
Ainda não sei o motivo de ter tanta aflição em passar a mão e
beijar os pés de alguém, mas de qualquer forma se isso me for
imposto farei.
Podolatria, adoração por pés, uma
prática que eu dispensaria, e que não vejo muita graça, a não ser
para quem goste (a maioria). Minha Dona gosta muito de um carinho e
uma massagem em seus pés e como uma boa submissa devo agradá-la
mais que a mim mesma. Passar uma semana fazendo carinhos e convivendo
perto Dela mudaram algumas ideias, inclusive a de ver meu irmão de
coleira adorar tanto aqueles pés. São bonitos, isso é fato. Na
verdade são pés que eu não me importo de encostar. Faria uma
massagem ou beijaria esses pés apenas para ver um sorriso e uma
expressão de aprovação.
Um fetiche um tanto diferente (pelo
menos pra mim). Como expliquei no começo, ainda não sei os motivos
de não gostar, mas a cada dia me coloco prontamente para uma
massagem, um beijo ou um carinho. Hoje me questiono o quão longe eu
iria em relação a esse fetiche. Ainda não consigo colocar pés na
boca, mas quem sabe daqui uns dias. Hoje me ponho a prova de querer
agradar minha Dona Lady Vulgata, e posso dizer que são os primeiros
e únicos pés que me agradam tanto. A sensação de estar se
tornando aos poucos muito confortável, que me faz pensar muito;
adoro essa sensação de que estou aos seus pés, e que por ela eu
faria muitas coisas e abriria mão de outras mais para ver um
sorriso.”