A balzaca corou ao ouvir as palavras do menino-ousado que, por trás das lentes e da aparente timidez, a havia conquistado.
“Faz isso pra mim, faz?” - empolgado acordando ao lado dela naquela manhã quente carioca.
Ela, apesar da surpresa e de uma pontinha de vergonha, se esmerou por fazer o melhor, dando asas à volúpia de ambos. Era lindo testemunhar aqueles olhos cheios de paixão, agora embebidos em outro prisma. Quando ambos se permitem, os mesmos momentos, as mesmas palavras e as mesmas personagens invadem outra frequência e tudo ganha intensidade.
Sim, assim como descreve Balzac, uma mulher da idade dela não aceita mais qualquer coisa; não se permite viver coisas pela metade ou ser apenas um apêndice. Ela queria o papel principal e a custo de muita paciência, persistência, argumentação e pedras nos caminho (pedras essas de cabelos compridos e uma década a menos de vida), ela conseguiu! Mesmo ao revés de todos os conselhos, sua teimosia, embalada pela intuição de grandes sorrisos, lhe deu fôlego para conquistar o coração do menino-ousado.
E mesmo que hoje a vida lhes afastasse mais do que a distância física que já se impõe, ela estaria feliz na certeza de ser capaz de amar e ser amada novamente por alguém que a completa, que a entende, que é parceiro-amigo-amante-sonhador-confidente.
E o que ele pediu pra ela fazer??? Segredo...