Fetiche é fetiche e, lembrando de uma conversa que tive com meu amigo ACM, reforço que por mais que nos pareça absurda a vontade alheia, o respeito deve imperar. Pois então, com base nessa premissa, segue mais um conto que pode ser real ou fictício... ou ambos... :P
Ela estava confusa com os apelos do namorado. Os fetiches dele lhe pareciam absurdos e ofensivos demais, mesmo para uma mulher de mente aberta, com tantas aventuras no currículo.
Em meio aos diversos 'apelos', o desejo de ser corno. Empolgada de início, visitou vários blogs em busca de informações sobre quem partilhasse do mesmo fetiche. Chegou a ficar excitada com alguns vídeos e fotos, treinou a imaginação, sentiu tesão...
Porém, na primeira chance do fetiche sair da fantasia e pular para a realidade, ele não reagiu como ela pensava. Um sentimento de posse tomou conta do rapaz que a humilhou, disse frases absurdas e a acusou de ser infiel. Confusão e frustração resumiam os sentimentos e pensamentos dela. Com poucos ela partilhou desse turbilhão e, das mulheres, ouviu a mesma frase com palavras diferentes: "no fundo todos eles querem e gostam de ser cornos, amiga!"
Meu deus, ou ela era ingênua demais ou tinha pudores que sequer imaginava. Porém, escreveu uma carta ao namorado colocando seu ponto de vista, exigindo respeito; afinal, não havia feito nada de mais. Pretendia, é verdade, mas também para satisfazer um fetiche dele e não só os desejos dela.
O escolhido era alguém íntimo, amigo de algum tempo e ficante eventual antes dela conhecer o atual namorado. Perfil psicológico ideal, desencanado, bonito, alto astral, bom de cama e fetichista. Casado, não daria com a língua nos dentes. Aos olhos do namorado, no universo das idéias e propostas também parecia o parceiro ideal. Mas por que ele deu para trás?
Enfim...
Apesar do abismo que existia entre as fantasias do rapaz, expressa em comunidades diversas no orkut, e a prática propriamente dita, mal sabia ele que mexeu com a mulher errada. Uma mulher teimosa, determinada e extremamente curiosa. Jamais ela se conformaria em apagar a fogueira sem dar sequer um pulinho nela e provar do seu calor...
Então, uma linda idéia surgiu em sua mente: por que não torná-lo corno com uma mulher e não com um homem para começar?
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Gabriele era o nome da moça que havia lhe dado o telefone há duas semanas. Ruiva natural, do tipo com sardas delicadas por todo o rosto e corpo, com lindos olhos azuis. Elas flertaram rapidamente, trocaram alguns elogios e aquele olhar que só duas mulheres livres sabem o que significa.
Não iria ligar. Não estava a fim de sexo por sexo; além disso, pretendia ser leal E FIEL ao seu novo parceiro, isso incluía as 'muchachas'. Mas agora...
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Gabriele parecia ansiosa. O restaurante estava cheio, porém ainda com zona de conforto. Conversaram alguns minutos e ela abriu o jogo. Disse sentir-se atraída por 'Gabi' e até toparia sair somente as duas algumas vezes, desde que lhe fizesse o favor de 'comê-la' na frente do namorado. De cara, Gabriele franziu a testa, mas depois acabou gostando, sentindo-se poderosa por fazer um homem de bobo.
No dia marcado era quente, mas chovia. Gabriele chegou no horário marcado, 20 minutos antes da hora costumeira dele retornar do trabalho. Despiu-se. Trocaram carícias, denunciando que havia muita química entre ambas. Ela deixou tudo pronto, inclusive Gabi cuidadosamente deitada sobre os lençóis tigrados.
O interfone tocou. Ela atendeu e o recebeu na porta com um longo beijo. Disse ter uma surpresa. Ele elogiou seu perfume e foi indo para o quarto, despindo a camiseta suada. Parou à porta perplexo com a visão da ruiva semi-nua sobre a cama. Olhou para trás, sorriu, aprovou!
Com um sorriso sacana nos lábios, ela se dirigiu ao quarto e pediu que ele sentasse e apreciasse a cena. Deitou-se ao lado de Gabi que, meio trêmula, disse um 'oi' meio sem graça, retribuído por ele com ênfase. O beijo deu a partida para a cena. Ambas estavam apenas de calcinha e sutiã que, aos poucos, foram jogados sobre ele. Rapidamente Gabi estava no meio das pernas dela, sugando e lambendo tudo que via pela frente, incluindo aquele belíssimo monte de vênus já interamente úmido.
O gozo veio rápido pela habilidade de Gabi e pelo olhar guloso dele que acompanhava a cena com uma paixão que ela só havia visto em seus olhos algumas poucas vezes. O volume da calça era evidente e ela sugeriu que ele se tocasse, já que não poderia tocar em nenhuma delas. Assim ele o fez, sem pronunciar palavra. Abriu o zíper da calça, baixou a cueca e começou uma masturbação lenta e firme, enquanto olhava sua doce namorada sendo devorada por outra.
Retribuindo aos três orgasmos que teve nas mãos e na língua de Gabi, ela provou que o hedonismo é o seu lema. Começou com um beijo ardente, desceu pelos seios, onde se deteve por vários minutos; lambeu a barriga e afastou suas pernas. A essa altura, ele não aguentava mais o tesão. Ela tinha certeza que ele queria pular nela. Porém, era proibido! Nesta noite, ela era da Gabriele e ele mero expectador / espectador... corno manso...
Quando Gabi deu o último suspiro do orgasmo, ele fechou os olhos e colocou a mão sobre seu membro, inundando as calças e a barriga de prazer.
Recompostos, tomaram um café, conversaram algumas bobagens e Gabi se foi, prometendo um novo encontro, agora só entre as duas. Mal ela bateu a porta, ele a agarrou, querendo lamber o que restou de ambas no corpo dela. Mas isso é assunto para um outro conto... Com a certeza que, mais cedo ou mais tarde, ele aceitará ver a mesma cena com um homem!