quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Mais um cigarro?

Ela não fuma. Na verdade, nem ele. Ambos se divertem na lascívia das baforadas.
Vestia meias 7/8 pretas com renda, cinta-liga, espartilho roxo com traços de vinil, cintura bem marcada, sapatos de salto agulha, maquiagem pesada com olhos bem delineados, cabelos presos com alguns fios caídos de forma displicente, pérolas enfeitando a linda pele alva com sardas e a boca carmin.

Ele com o habitual ar de deboche, sentou de pernas abertas no sofá da sala, ordenando a ela que se acomodasse em seu colo. Ela não o desobedecia, ainda que lhe custasse passar por cima de sua natureza selvagem. Mandou que acendesse um cigarro e se ajoelhasse diante dele. Assim foi feito.

Na posição de submissão contrária à sua alma, ela sentia uma excitação secreta em ser puta de verdade. Queria que ele abusasse do seu corpo e dos seus sentimentos, como se ignora a humanidade de uma serviçal do prazer.

Experiente, como toda vadia que se preze, sentiu que o pau dele latejava. Delicada, impos as mãos sobre o falo, abrindo o zíper com firmeza fixando seu olhar sobre ele.

Arrancou-lhe o cigarro das mãos, deu uma longa tragada e respirou toda a fumaça em seu rosto, forçando-a a prender a respiração. Antes que pudesse se refazer, colocou-lhe o malboro red boca a dentro e ordenou que tragasse. Ela exitou e ele a segurou pelos cabelos. Ela fez, tossiu, lacrimejou e sorriu diplomática.

Ordenou que levantasse e desfilasse pra ele se oferecendo. A idéia lhe soou teatral demais, porém não ousaria desobedecê-lo. Caminhou da forma mais elegante, dando pequenas baforadas que esfumaçavam o contorno do seu corpo. Pegou a taça de vinho, derramou algumas gotas no decote e se aproximou dele. Entorpecido pela cena, ele a puxou para o sofá, colocou-a de quatro com violência, baixou sua calcinha e a penetrou como se fosse cadela no cio. Ela estava molhada até as coxas e seu membro entrou com muita facilidade.

Segurava suas ancas em estocadas fortes, enquanto ela gemia alto, sacudindo as pérolas do pescoço, derramando o vinho tinto no tapete. A música estava quase terminando. Era Ella Fitzgerald e não combinava muito com o ritmo frenético das idas e vindas. Não suportaram muito tempo aquele tesão e ele a inundou de gozo. Fez questão de sujá-la dos cabelos às meias.

Recolheu seu "amigos", limpou o que sobrou do esperma na própria cueca, tomou mais um gole de vinho e deixou uma garoupa no seu colo.


Se foi. Era o que ela queria. Sentir-se uma puta completa, vadia, usada e imprestável...