quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O Monstrinho e O Pendurado



                Existem problemas difíceis de resolver, sobretudo quando nascem de situações engraçadas. Há duas figuras que estão na SAT as quais me orgulho muito de ter introduzido no grupo: MZ e duduh - e eles têm problemas...rs. 


                O primeiro é e será meu eterno Monstrinho, protagonista de muitas histórias deste blog. Corresponde ao arcano 19, cujo arquétipo é representado pelo Sol. E quem conhece MZ sabe que ele é o Sol. Trata-se de uma alma cheia de luz, sapiência e conciliação. Ao lado dele, nunca há tempo ruim e há solução para tudo.
                “Se não for para ser divertido, não deve acontecer”. Assim ele sempre conduz as relações, mesmo sendo submisso, com muito bom humor, talento e criatividade, marca deste ariano que adora desafios num limite extenso de mente libertina.
                Nesta play, ele teve o prazer de ter a condução da Morgana – ou Senhora M13 – cuja inexperiência no BDSM não lhe tirou o brilho do olhar típico de domme, nem aliviou suas mãos aparentemente pequenas e frágeis, mas cheias de intenções sádicas. Para mim uma alegria ver meu Monstrinho feliz. Para Morgana, uma oportunidade ímpar de começar com um dos melhores submissos disponíveis no meio BDSM brasileiro.
                A mommy aqui ficou muito feliz de provar novamente desses abraços que sempre reenergizam e me fazem acreditar do quanto vale a pena viver, progredir e optar pelas soluções generosas que a vida apresenta.
                E as suspensões estão cada vez mais lindas e criativas. Parabéns!



                O segundo talvez seja um dos mais gatos submissos que se tem notícia, além de ser um menino de ouro, no melhor sentido da palavra. Duduh também é meu pupilo, com todo orgulho do mundo, e também é personagem de alguns posts mais antigos deste blog. Seu arquétipo é O Pendurado, arcano 12, número que representa o equilíbrio e a justiça pela generosidade.
                Posso afirmar a vocês que se há alguém prestativo neste mundo é o meu protegido duduh. E com toda essa entrega, nas voltas que a vida dá e dentro da SAT, ele encontrou a florzinha Manndy, uma jovem promessa do SM do Sul. Mais linda impossível, com um abraço franco e sorriso encantador, ela tem feito meu querido duduh muito feliz, para a alegria dessa matriarca coruja. Ambos são belíssimos e se complementam na estética; mas nem só de beleza eles vivem porque têm mostrado excelentes progressos dentro do BDSM e, pelo que senti, fora também, já que mantêm um relacionamento estável.

                Juntos são considerados o casal mais fofo do grupo, o que eu concordo, até porque é impossível estar ao lado deles sem rir. Duduh tem um senso de humor surpreendente, além de transmitir doçura no olhar, mesmo quando conta piadas. E ser bonito muitas vezes é mais difícil do que ser feio. O preconceito existe e o ‘provar pra todo mundo que também sou legal’ se torna tarefa árdua diante dos olhares desconfiados de algumas pessoas. Mas eles nos provam que sim, é possível ser lindo, ser legal e ter repertório!
                Guris queridos, obrigada pelos momentos de prazer, de alegria, pela generosidade e pelo carinho que sempre devotam a mim. A cena militar foi impagável e ver MZ de vestido com unhas pintadas, e duduh de biquíni cortininha, com óleo de bebê realmente não tem preço!!! Gurias, obrigada por conduzirem tão bem meus meninos e por fazê-los tão felizes...


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Um certo Mago e o Louco que enxergava longe



                Eu tenho uma teoria: a vida só faz sentido se encontrarmos pares que comunguem conosco dentro dos diversos guetos dos quais faremos parte durante a vida (seja encarnada ou desencarnada). E eu me considero uma das pessoas mais realizadas dentro do BDSM brasileiro por fazer parte de um grupo pequeno, porém coeso e sincero. E dentro deste grupo, intitulado SAT BDSM, existem duas pessoas que considero partes de um pentágono perfeito – ímpar inclusive nas imperfeições: JonatanStrange e Pexis, respectivamente arcanos 1 e 0, ou O Mago e O Louco.


                Nesta play, não houve surpresa quanto aos papéis de ambos. JonJon foi o organizador abdicado e dedicado de sempre e Pexis foi o dominador psicológico da cena, com todo seu repertório no mínimo original. Mas para mim, partilhar a companhia de ambos é sempre um evento. Meu babyboy JonJon tem tantas histórias comigo que produziriam um blog inteiro bem extenso. Ele está feliz, mais maduro, mais seguro, mais tranqüilo e com mais controle de si mesmo – porque dos outros ele sempre teve. Enxergo a plenitude no fundo dos seus olhos e a tal autodestruição típica dos arianos está ficando cada vez mais distante da sua realidade. Eu como mommy não poderia ficar mais feliz. E boa parte dessa responsabilidade testemunhada nesta play deve-se a uma certa elfa, de lindos cabelos ruivos, cuja alcunha remete à força das linhas do céu. Aurorah é uma moça que me confundiu e talvez tenha confundido o próprio JonJon. Mas dela falarei mais tarde. O que importa agora é dizer que ela é fundamental nas nossas vidas e no nosso grupo.

                Ao meu amado JonJon, minha gratidão, meu carinho e meu amor por ser o que é e por me dar tanto de si em todos os momentos.


                Pexis Pexis, o aparente maluco desconexo que enxerga mais longe do que todos nós. Poucas vezes na vida senti tanta afinidade e entendimento com alguém como sinto com esse irmão querido, de citações filosóficas, quase incompreensíveia à maioria dos mortais. Por que eu o entendo? Não é por atingir semelhança com sua mente brilhante, mas por sentir as palavras que não possuem tradução. Nossos olhares não necessitam do léxico, mas nem por isso são menos cúmplices.

                Ao meu irmão de alma Pexis, minha admiração e meu amor incondicional; minha gratidão ao Universo por ter me permitido esse encontro nesta existência e neste grupo.



Ode à ausência



Esta play de outubro foi bastante marcante para mim por alguns motivos pontuais, os quais pretendo descrever em posts separados. Tenho muito a dizer... sobretudo a mim mesma. São análises que ainda permanecem fervendo na mente. E decidi, então, começar pelas ausências.

Algumas pessoas foram sentidas na presença e outras na ausência. A mim, especificamente, foram cruciais as ausências dos meus irmãos Cosmo_Vain e Parallax. O primeiro porque é meu cúmplice dentro e fora do BDSM e sua energia é quase vital para mim; o segundo, porque é o Imperador do grupo. E como fica uma Imperatriz sem o Imperador?

Também senti muita falta da Jeh, a sub mais completa que já conheci na vida e uma pessoa que prezo na essência; do bousfieldy, o bottom mais bottom do grupo e o vencedor do troféu ‘guerreiro play julho 2011’; da MistressAmanda, minha sister afastada cuja autoridade está no olhar e ética está em cada gesto e palavra; e do meu mestre bondagista ACM que, por problemas pessoais, não pode comparecer. Dele nem me atrevo a dizer nada agora porque seria tudo redundante ou simples demais diante de tanto talento, generosidade e sabedoria.

A dança das cadeiras rodou e é lindo ver a vida girando e se acomodando conforme as boas intenções e as oportunidades de aprendizado.

Aos presentes na play de 14 a 16 de outubro de 2011, meu muito obrigada nesta abertura de post especiais sobre o evento. Aos ausentes, meu sentimento de ausência e minha saudade...