Eu
tenho uma teoria: a vida só faz sentido se encontrarmos pares que comunguem
conosco dentro dos diversos guetos dos quais faremos parte durante a vida (seja
encarnada ou desencarnada). E eu me considero uma das pessoas mais realizadas
dentro do BDSM brasileiro por fazer parte de um grupo pequeno, porém coeso e
sincero. E dentro deste grupo, intitulado SAT BDSM, existem duas pessoas que
considero partes de um pentágono perfeito – ímpar inclusive nas imperfeições:
JonatanStrange e Pexis, respectivamente arcanos 1 e 0, ou O Mago e O Louco.
Nesta
play, não houve surpresa quanto aos papéis de ambos. JonJon foi o organizador
abdicado e dedicado de sempre e Pexis foi o dominador psicológico da cena, com
todo seu repertório no mínimo original. Mas para mim, partilhar a companhia de
ambos é sempre um evento. Meu babyboy JonJon tem tantas histórias comigo que
produziriam um blog inteiro bem extenso. Ele está feliz, mais maduro, mais
seguro, mais tranqüilo e com mais controle de si mesmo – porque dos outros ele
sempre teve. Enxergo a plenitude no fundo dos seus olhos e a tal autodestruição
típica dos arianos está ficando cada vez mais distante da sua realidade. Eu
como mommy não poderia ficar mais feliz. E boa parte dessa responsabilidade
testemunhada nesta play deve-se a uma certa elfa, de lindos cabelos ruivos, cuja
alcunha remete à força das linhas do céu. Aurorah é uma moça que me confundiu e
talvez tenha confundido o próprio JonJon. Mas dela falarei mais tarde. O que
importa agora é dizer que ela é fundamental nas nossas vidas e no nosso grupo.
Ao meu
amado JonJon, minha gratidão, meu carinho e meu amor por ser o que é e por me
dar tanto de si em todos os momentos.
Pexis
Pexis, o aparente maluco desconexo que enxerga mais longe do que todos nós.
Poucas vezes na vida senti tanta afinidade e entendimento com alguém como sinto
com esse irmão querido, de citações filosóficas, quase incompreensíveia à
maioria dos mortais. Por que eu o entendo? Não é por atingir semelhança com sua
mente brilhante, mas por sentir as palavras que não possuem tradução. Nossos
olhares não necessitam do léxico, mas nem por isso são menos cúmplices.
Ao meu
irmão de alma Pexis, minha admiração e meu amor incondicional; minha gratidão
ao Universo por ter me permitido esse encontro nesta existência e neste grupo.
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