Pois bem, a doce leoa que surgiu na minha vida há pouco tempo tem um toque de rebeldia nas suas atitudes, expresso, em parte, em suas tatuagens e peircings, talvez no modo como arruma seus cabelos ou nas asas que adquire pilotando sua motocicleta.
Talvez, coincidentemente, seja leonina...
- Pronta!
- Sim, desculpe pelo atraso. Demorei no trânsito e queria passar uma água no corpo.
- Sem problemas. Te esperaria a tarde inteira.
Corei. Pus o capacete e subi na moto.
Foi muito bom sentir o ar em movimento invadindo todo o meu corpo, numa sensação de liberdade que só essas asas em rodas podem nos proporcionar. Timidamente ela procurava minha mão esquerda e a punha sobre sua coxa enquanto manobrava em meio ao trânsito caótico da SC-402 em obras.
Engraçado foi entrar no motel de moto. Nunca havia feito, embora hoje em dia nem seja mais problema porque tudo é informatizado. Claro que sei que há pessoas nos vendo, mas sem o olho no olho a vergonha diminui e muito!
Não quis sacrificar seu 1,60 m de altura e pouco mais de 50 kg; desci da moto da forma mais leve que consegui, sendo essa pessoa 'miúda' que sou. Entrei no quarto falando, como sempre, e ela sorria para mim. Tirei as sandálias e deitei. Ela arrumou as bolsas e capacetes em cima da mesa, tirou a blusa e deitou ao meu lado. Observava como meus lábios se moviam e meus pés balançando no reflexo do espelho lateral. E quando eu finalmente respirei do meu discurso egocêntrico ela me beijou. Um longo e molhado beijo.
Corei. Retribui e a puxei para mim. Interessante como pessoas pequenas podem se tornar leoas quando querem algo. Pois minha pequena leonina 'avançou' em mim com a fúria e sensualidade dos felinos. As mãos ágeis rapidamente tiraram a minha calça, calcinha e o meu sutiã (eis uma dificuldade que mulheres não têm...). Beijou meu pescoço, seios, barriga e parou nela. Sim, a moça tem uma língua que faria qualquer um entregar seu reino.
Lambidas intercaladas com chupadinhas de leve no lugar certo me faziam contorcer todos os músculos do corpo. Aos poucos ela foi colocando um, dois, três dedos. Gozei! Gozei muito! Acho que deixei o rosto dela inundado. Mas ela não parou... Agora colocava um dedo atrás e dois na frente, lambendo sem parar. Rindo, em meio ao êxtase, perguntei se fazia malhação de glúteos e tríceps ou da língua. Parou de me lamber por alguns segundos e disse:
- Quando se tem tudo isso numa cama, a gente até esquece a fadiga muscular...
Voltei e me contorcer e gozei de novo, dessa vez com mais intensidade e por mais tempo. Não tinha mais forças. Pedi arrego!
- Tá, deita aqui nos meus braços enquanto eu me refaço, doidinha!
- Delícia és tu, mulher! Linda, simpática e gostosa. Confesso que não imaginava que fosse assim.
- Deiuxa de ser boba, você é ótima e eu nem fiz nada ainda.
- Mesmo que não fizesse, estou feliz por estar aqui contigo.
Dei um sorriso satisfeito, porém receoso. Como sempre digo, não sou bissexual, muito menos lésbica. Nunca me apaixonei por uma mulher e meu fetiche é muito pontual, por tipos muito específicos e de forma bem esporádica. Meu receio era não saber lidar com o pós. Então mentalizei o meu mantra :"viva o agora, viva o presente" e pronto.
Tomei uma ducha e voltei pra cama enquanto ela fumava um cigarro, já nua. Contou que só fumava nessas ocasiões. Me ofereceu; recusei e comecei a beijá-la. No primeiro toque da minha língua nos seios dela, as pernas se abriram. Posicionei meu corpo entre suas coxas e fui descendo o movimento da língua e do peircing pela barriga bem torneada até chegar ao sexo. Linda xana, rosada e molhada, com poucos e ralos pêlos, e, contrariando meus amigos queridos, poderia dizer que até cheiorosa é. Um cheiro todo especial que só quem curte o oral assim sabe do que estou falando.
Tentei ser tão competente quanto ela foi. Acho que consegui porque o gozo foi intenso. Mas a ninfomaníaca aqui queria mais e eu subi sobre ela de forma contrária. Se todos soubessem como é bom o 69 entre duas mulheres, ficariam com inveja desse momento. Impus o meu ritmo e as minhas vontades. Embora ela soubesse que sou dominatrix, saí com ela longe dessa pretensão. Só que tem horas que a natureza da gente fala mais alto. Muitos dedos, alguns tapinhas nas coxas, arranhões na bunda e haja língua...
Gozamos quase juntas, corpos tremendo ao mínimo toque. Eletricidade pura era o que corria nas nossas veias. Alguns minutos de intervalo, conversas, risos, falei mais de mim, ela falou bastante dela (e eu notei muitos traços leoninos já velhos conhecidos meus). Ducha e últimas forças para o último orgasmo. Nesse jogo, sairíamos empatadas com todo orgulho do mundo.
Peguei o sabonete e passei pelos seus seios. Adoro a sensação do toque de seios ensaboados. Ela fez o mesmo em mim, com a diferença que os meus devem ser o triplo do tamanho dos dela. Brincou feito criança neles. Deixei e me diverti muito, enquanto a água batia nas minhas costas. E dessa vez o gozo veio individual: primeiro ela, depois eu. O toque suave dos dedos e as carícias nos seios entumecidos de prazer brindou a tarde exótica que tive neste novembro quente em Floripa.
... E qualquer outra sensação vista no espelho do quarto perdeu a importância diante do que ficou na memória das sensações...