sábado, 18 de julho de 2009
Privação
Há tanto tempo eu pretendo manter um escravo numa situação que me desperta verdadeiro furor: privação de orgasmos. Porém, pelos revezes da vida e pelo estado civil de alguns, apenas passei perto do meu ideal.
A noite passada, porém, não sei se embebida pelo ópio dos remédios que me deram na emergência*, ou pelo acúmulo da vontade descrita, ou por ambos, tive um sonho muito interessante. O moço em questão, pessoa que não encontro fisicamente há algum tempo, vestia um casaco de couro preto, roupas claras por baixo e um jeans bem surrado. Os cabelos (como sempre) amarrados.
Fazia frio; estávamos num local bonito em meio ao nada. Era como um restaurante, rodeado de pedras e terra batida. Boa música e a comida tinha uma linda aparência. Parece que sinto os cheiros das panelas ainda agora.
Ele me abraçou e era muito carinhoso comigo. Sabíamos que seria imperativo ficar um tempo sem relações sexuais. Os motivos não eram claros, entretanto não chegava a ser um entrave. Sorríamos o tempo todo.
Em pouco tempo, peguei um pequena chave e disse que a esconderia num local seguro, porém não impossível de ser descoberto. Ele me olhou com aprovação, tesão e um pouco de apreensão.
[...]
Cenas depois ele estava no quartinho da pousada em meio às pedras com uma espécie de cinto de castidade. Olhava para mim com um ar de renúncia e fechava o cadeado.
Eu, maliciosa, sorri aprovando o ato. Logo além da cena, não parecia mais um cinto de castidade e sim a própria vontade de me agradar que o impedia de se excitar com qualquer estímulo. Ele foi impelido e exposto a diversas situações visuais, sensoriais, que o fariam ter uma ereção em segundos numa hipótese normal. Mas não; ele se mantinha casto apenas pela minha autoridade de Mistress.
Onde eu guardei a chave? Às vistas dele, guardei num coração de alcachofra que havia trazido para o quarto... Entendi que a alcachofra ficaria no local como um porto seguro, imóvel, sem a nossa presença, mas ao nosso alcance sempre que quiséssemos!
O sonho parece um tanto confuso e sequer sei se me fiz entender. Quis contar porque é algo que faz parte da minha imaginação e do meu universo de fetiches. Além disso, este blog nasceu com a pretensão de ser um espaço de confissões.
Mesmo considerando que a cada qual cabe suas irrealizações (desde ontem estou com essa frase na cabeça), aos sonhos tudo é permissivo e por eles todos somos libertos, amados, respeitados e adorados como merecemos!
* Tive um crise de pressão alta na sexta, fim de tarde, mas já estou bem!
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Comparações limitadas
Ele não podia sentir nada além de aromas. Ouvia passos estalados pelo salto das botas no taco antigo. Vez em quando sentia o calor do corpo dEla mais próximo ao seu; bocas que se encontravam.
Vendado, amarrado, deitado e calado. Assim era o próprio objeto de prazer. O tempo havia dilatado o máximo do limite administrável. Logo, o castigo seria multiplicado pelo número de dias que excediam a sua saudade. Muitos sonhos a realizar, três planos a seguir.
Ela o observava sem pressa, como quem se perde no devaneio da paixão. Contemplando seu escravo mais caro, arquitetava as ações seguintes, equilibrando a ansiedade e a prática. Deitou-se sobre ele para que sentisse o peso de seu corpo. Acariciou e beijou cada parte do seu objeto precioso.
Abriu suas pernas e lhe ofereceu o sexo como prêmio por ser tão sádico enquanto submisso. Aquela língua sem controle que a faz perder todos os sentidos... Enquanto se deliciava, contava a ele sua última experiência, dizendo que havia transado com outro masoquista pensando na língua em questão. Agarrou seu membro com força
- Sabe, Monstrinho, eu permiti que aquele projeto de submisso me comesse apenas pelo prazer da comparação.
Ele só podia gemer. Mesmo vendado, tinha certeza do olhar que naquele momento se formava com as palavras e o aumento da excitação...
- Depois que bati bastante nele, subi sobre seu corpo assim como estou fazendo agora contigo. Ele se esforçou muito para me dar prazer, mas nada se compara ao músculo mais forte da ti que me pertence
Com um gemido mais longo, ele quis concordar.
- Depois que ele me fez gozar (sim, porque ele conseguiu), sentei sobre seu pau e me movimentei com toda graça que sei. Quis que ele provasse do verdadeiro pompoarismo para que me tenha como meta de prazer absoluto sempre. Assim como a vaidade está para a devassidão, senti o quanto prefiro o teu pau nas minhas entranhas.
Agora ela sabia que havia mexido com os seus brios. Misto de provocação, ciúme, possessão e satisfação por se sentir literalmente "fodástico", aumentou o ritmo das lambidas e a Rainha se sentiu a máxima majestade sobre seu trono!
Um gozo lascivo e abundante inundou a boca do seu querido. Um tanto lânguida, quis continuar o treinamento psicológico. Apenas deslocou seu tronco para trás e abocanhou seu membro com o sexo ainda pulsante, enxarcado de tesão.
- Aí, cada vez que eu apertava seu pau ASSIM com minha buceta, ele se contorcia. E eu só pensava em como teus quadris mexem melhor, vadia! Nada como cavalgar em ti... Quero gozar te olhando, vendo teu sorriso malicioso me adorando...
- Minha Rainha pare senão não consigo me controlar
- E quem te disse que quero teu controle? Quem tem controle aqui sou eu! Vai, me inunda com vontade! Mostra quanto de saudades tu guardavas pra mim
Derrotado pela volúpia, ele cedeu aos apelos da dona e gozou de forma intensa, abundante. Ela, inebriada pelo resultado da sua vadiagem, repetiu o êxtase, misturando seu orgamo ao dele.
Os olhos foram libertos para que contemplassem o júbilo do laço sadomasoquista. Porém, as cordas só seriam soltas bem mais tarde...
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