segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Um certo Mago e o Louco que enxergava longe



                Eu tenho uma teoria: a vida só faz sentido se encontrarmos pares que comunguem conosco dentro dos diversos guetos dos quais faremos parte durante a vida (seja encarnada ou desencarnada). E eu me considero uma das pessoas mais realizadas dentro do BDSM brasileiro por fazer parte de um grupo pequeno, porém coeso e sincero. E dentro deste grupo, intitulado SAT BDSM, existem duas pessoas que considero partes de um pentágono perfeito – ímpar inclusive nas imperfeições: JonatanStrange e Pexis, respectivamente arcanos 1 e 0, ou O Mago e O Louco.


                Nesta play, não houve surpresa quanto aos papéis de ambos. JonJon foi o organizador abdicado e dedicado de sempre e Pexis foi o dominador psicológico da cena, com todo seu repertório no mínimo original. Mas para mim, partilhar a companhia de ambos é sempre um evento. Meu babyboy JonJon tem tantas histórias comigo que produziriam um blog inteiro bem extenso. Ele está feliz, mais maduro, mais seguro, mais tranqüilo e com mais controle de si mesmo – porque dos outros ele sempre teve. Enxergo a plenitude no fundo dos seus olhos e a tal autodestruição típica dos arianos está ficando cada vez mais distante da sua realidade. Eu como mommy não poderia ficar mais feliz. E boa parte dessa responsabilidade testemunhada nesta play deve-se a uma certa elfa, de lindos cabelos ruivos, cuja alcunha remete à força das linhas do céu. Aurorah é uma moça que me confundiu e talvez tenha confundido o próprio JonJon. Mas dela falarei mais tarde. O que importa agora é dizer que ela é fundamental nas nossas vidas e no nosso grupo.

                Ao meu amado JonJon, minha gratidão, meu carinho e meu amor por ser o que é e por me dar tanto de si em todos os momentos.


                Pexis Pexis, o aparente maluco desconexo que enxerga mais longe do que todos nós. Poucas vezes na vida senti tanta afinidade e entendimento com alguém como sinto com esse irmão querido, de citações filosóficas, quase incompreensíveia à maioria dos mortais. Por que eu o entendo? Não é por atingir semelhança com sua mente brilhante, mas por sentir as palavras que não possuem tradução. Nossos olhares não necessitam do léxico, mas nem por isso são menos cúmplices.

                Ao meu irmão de alma Pexis, minha admiração e meu amor incondicional; minha gratidão ao Universo por ter me permitido esse encontro nesta existência e neste grupo.



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