quinta-feira, 18 de junho de 2009

Três passos para uma masoquista sem rumo

Passo 1:


Ela fugia. Não sabia do quê, mas tinha dentro do âmago de sua alma a certeza que precisava fugir. Veio do meio do país, lá onde o Governo brinca com nossos destinos. Era doce, de olhos expressivos e boca carnuda. Gostava de sentir na carne o estalar dos dedos e do couro. A dor era sua rendenção. Para ela, tudo era dor, num misto de prazer e fatalidade. Acreditava que a liberdade aprisionava sua alma. Buscava um dono, uma dona... ou ambos...

Na cidade da magia, tudo parecia perfeito, menos a garota de olhos tristes que não conseguia encontrar a alma que a acorrentaria. Meses se passaram, caminhos se cruzaram e numa mesa de bar, diante dos amigos de tempos e práticas, ela sentou na minha frente, fitando-me com admiração e curiosidade.

- Finalmente te conheço pessoalmente. A famosa Lady Vulgata... És muito falada por todos!
- O prazer é meu. Falada? Espero que bem... ou não...kkkkkkkkkkkkk
- Sim, os ditos são os melhores possíveis, o que me fez ficar muito curiosa em te ver
- Hummmmm

Pisquei pra ela e senti que poderia ganhar terreno. Nunca tive uma sub, embora já tivesse feito sessões conjuntas na presença de escravas de outros doms amigos meus. Não me intitulo bissexual porque nunca desenvolvi sentimentos mais profundos por alguma mulher. Algumas, de tipos bem específicos (ousadia, inteligência e atitude), me despertaram tesão e com poucas tive algum contato mais caliente.

Mas não deixo de admirar as mulheres. Sou uma delas com muito orgulho. No geral, somos fortes, versáteis, espertas e sensíveis, além de sabermos explorar muito bem a incrível necessidade que o ser masculino tem de ser o centro das histórias.

Pois bem, depois de algum tempo passado, resolvi entrar em contato com a moça. Alguns recados no orkut, interações no FetLife, conversas no msn e...

- Sabia que te acho uma delícia e me coça as mãos de vontade de te dar uns tapas?
- Nossa, que é isso? Será que deus vai ser bom comigo a esse ponto?
- Depende. Pode ser deus ou o diabo. Ou ambos, já que o prazer faz parte da vida. Quero você, menina!
- Quando? Quero ser tua cadela, Mistress
- Antes, tens que aceitar uma condição posterior
- Faço qualquer coisa pra sentir o peso da tua mão
- Farei uma sessão contigo e te matarei de prazer, mas depois terás que participar de uma sessão conjunta com meu sub
- Como ele é?
- Confia em mim! Se quer que eu seja tua domme, tens que confiar que sei o que é melhor pra ti. Mas não se preocupe, Monstrinho é um apelido carinhoso
- Confio... cegamente
- De brinde para teu deleite: ele é lindo!

Sucessões de elogios e rasgações de seda, que em nada contribuiríam neste post, se seguiram. Combinamos que a sessão apenas com nós duas seria em breve e a com ele dependeria de casar as agendas dos três. Mesmo assim, aconteceria em no máximo um mês.

No dia marcado, pedi que ela fosse com uma saia ou vestido curtinho. Marcamos num bar popular no circuito underground da cidade. Ela obedeceu e estava impecável, usando uma gargantilha que imitava uma coleira. Olhos bem marcados pela maquiagem e boca vermelha.

Cheguei causativa, como sempre, porém mais simples do que costumava me apresentar. Vestido pelos joelhos, botas de cano longo pretas, maquiagem mais leve e alguns acessórios no pescoço, orelhas e mãos. A boca, como sempre quando queria impressionar, estava carmin.

Sentamos, nos olhamos um pouco, pedimos uma bebida, conversamos amenidades e eu me aproximei, colocando a mão entre suas coxas. A pele gelada denunciava o nervosismo, mas os músculos a traíram, apertando minha mão com força. Puxei seu pescoço por trás dos cabelos perfumados e a beijei com toda paixão que conseguia demonstrar por uma alma disposta a me dar prazer.

Beijo longo, delicado e delicioso. Os amassos se seguiram, mais e mais quentes. Terminamos o drink em meio a um beijo e outro. Sussurrei no seu ouvido: "agora quero ver o que a cadela sabe fazer". Ela me olhou com uma expressão frágil e maliciosa, que fez subir minha temperatura e molhar minha calcinha. Puxei-a pela mão, pagamos a conta e saímos no meu carro.

Como de costume, não a levei para minha casa porque esta honra só concedo aos que ultrapassaram a barreira da confiabilidade básica e provaram que são bons. Em direção à SC-401, as mãos não tinham posição sobre suas coxas. Dirigindo percebi o desconforto e puxei a mão esquerda dela para meus seios. Rapidamente ela entendeu o que deveria fazer e começou a me bolinar. Minha calcinha já estava molhada, quando ela ergueu meu vestido e descobriu o caminho para me enlouquecer de vez. Os 10 km restantes foram de tortura para esta domme que tentava se concentrar na estrada sem muito sucesso.

No motel, quase todas as suítes ocupadas. Pedi a primeira que vagasse e entrei. Coloquei o carro de qualquer jeito na vaga e sequer baixei a porta da garagem. Tive tempo de pegar minha bolsa onde estavam meus "brinquedinhos". Subimos as escadas do motel nos agarrando e arrancando as roupas.

Perto da pilastra onde a amarraria, já havia deixado a doce masoca sem roupas, só de calcinha; um minúsculo fio dental enterrado naquelas carnes firmes e extremamente alvas, que logo logo ficariam vermelhas de prazer...

Continua...

2 comentários:

  1. Minha rainha !
    que delicia tua descrição dos fatos !

    obrigado pelos elogios :)
    ansioso.
    Beijus a seus pés

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  2. totalmente por acaso... vela de 7 dias rosa, quando derrama sua cera incandescente, lava de parafina vulcânica sobre meus dedos atrofiados pela artrite, causa calor e deliciosa queimadura. Dói, mas tem efeito da figurinha do mickey que lambi 25 anos atrás... Lava Sobre Derme...cruise! ah perdi o Tom

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