segunda-feira, 15 de junho de 2009

Minha Sissi


Há várias maneiras de uma Rainha se sentir plena. No meu caso, uma das mais gratificantes e excitantes é ver o esforço do sub em se tornar uma dama, com gestos e atitudes delicadas. Vai muito além das roupas e acessórios. Passa por comportamentos e modo de raciocinar a cena.

Ser uma verdadeira mulher é uma arte e é esse o esforço que tenho feito: treinar meu Monstrinho para ser minha dama. Não pretendo sair com ele "montado", muito menos pretendo que fique efeminado. Trata-se da arte da percepção do que é um ser feminino na essência.

Dez horas da manhã e eu já estava atrasada. Tinha que passar em casa e pegar uns documentos para levar aos Correios. Depois voltaria, almoçaria, tomaria um banho e retornaria ao trabalho com mil e uma reuniões e compromissos agendados até o final do dia. Quando abro a porta, uma surpresa. Vejo uma mochila familiar no canto do sofá. Imediatamente a pressa deu lugar à imaginação, tão fértil quando o assunto é perversão.

Com uma minissaia curtíssima, uma blusinha colada, meias com cinta-liga e um salto relativamente alto, lá estava ele arrumando minha cama. O cabelo estava preso em tranças bem feitas com fita de cetim, assim como a barba estava impecavelmente aparada. Até o perfume foi diabolicamente escolhido por ele para me deixar fora de órbita. Era incrível como ele sabia cada caminho da minha libido. Em segundos eu estava com as mãos nas coxas dele, sem pronunciar palavra, numa voracidade de dar inveja aos garanhões.

- Que pretendes? Não havíamos combinado no fim de semana?
- Sim, mas minha vontade de me tornar sua putinha foi tão grande que resolvi usar a chave que me destes de presente para te agradar.
- Estás uma delícia, vadia. Tenho ímpetos de arrancar tua roupa e te comer, perdendo o juízo e meus compromissos. Mas tenho que sair e é agora.
- Não vai almoçar comigo? (os olhos marejaram)
- Volto e quero o almoço servido. Rapidamente vou comer e tomar um banho antes de retornar ao trabalho.
- Farei tudo como mandou, Rainha!

Saí com a convicação de que meu dia estava decididamente perturbado. Além de tudo que eu tinha a fazer, a idéia de enrabar aquela vadia não sairia da minha cabeça. Despachei os documentos e voltei em transe dirigindo. Se algo dependesse da minha atenção naquele trajeto, certamente estaria fadado ao fracasso. Um misto de tesão, provocação e impotência tomava conta de mim. Eu sabia que não poderia nem deveria comê-lo porque dependia de mim seu treinamento. Se assim o fizesse, perderia a chance de mostrar a ele certas nuances de ser mulher. Quase numa mentalização forçada, estacionei o carro e subi as escadas dizendo "ommmmmmm" pra mim mesma a fim de evitar meus impulsos.

Abri a porta, coloquei minha bolsa sobre o sofá e me dirigi à cozinha. Tudo estava arrumado e pronto. O cheiro era ótimo e a fome já me consumia. Rapidamente ele saiu do quarto e veio até a cozinha me servir. Fez com maestria de uma empregada experiente, observando meu olhar sobre a comida e a arrumação da mesa. Ficou de pé um instante. Mandei que sentasse e comesse comigo, elogiando a comida de forma seca, apenas para satisfazer a necessidade teatral masculina de educação.

Ele agradeceu e sentou-se ao meu lado, servindo-se pouco. Comemos em silêncio. Uma tensão no ar. Eu me contendo para permanecer séria, sóbria, com limites. Terminamos. Ele retirou os pratos e se preparava para lavar a louça. O chamei na sala, dei-lhe um beijo suave, nada erótico, pedindo que preparasse minhas roupas. Precisava de um banho (agora, creio, frio...) e não tinha tempo para procurar, muito menos passar nada.

Um tanto decepcionado (isso só pode ser captado por uma alma feminina), baixou a cabeça diante do beijo frio e da ordem seca. Não sei se ele pôde perceber, mas naquele momento a primeira lição se materializou...

Cumpriu a ordem com esmero, assim como meu banho foi realmente frio em todos os sentidos. Eu sabia que aquilo era necessário, porém me doía fazê-lo perceber primeiro a parte ruim em ser mulher, para depois lhe mostrar a magia de uma vida sensível. Felizmente, estava lidando com alguém impressionamente habilidoso nas metamorfoses da vida. Eu mesma não me sentia capaz daquela forma.

Saí do banho, as roupas estavam prontas. Vesti tudo rapidamente, observada pelo olhar malicioso da minha Sissi querida.

- Quando eu voltar, em quatro horas, quero tudo limpo, inclusive meus sapatos.
- Sim senhora!

Não percebi, mas no bolso do meu casaco havia um bilhete, só percebido ao chegar no trabalho, quando busquei minhas chaves e celular. Nele dizia:

- Rainha, não pude deixar de perceber o quanto és bela, mesmo se esforçando para parecer que não me desejas. Estou tentando ser a fêmea perfeita: sensual, puta na cama; serviçal e eficiente; sensível e observadora. Espero que tenha apreciado minha surpresa e que não deixe de lado o que mais gosto em ti: a voracidade!

O ordinário sabia me provocar. Nunca quatro horas demoraram tanto para passar... mas passaram... e o que veio a seguir? Merece outro post...

5 comentários:

  1. Primeiro a comentar \°/

    Sou novo neste universo, estou dando meus primeiro passos... quando leio um relato como este fico muito emocionado por descobrir-me como um escravo, assim como ao mesmo tempo morrendo de desejo. E também uma pontinha de inveja da Sissi... ja li e reli algumas vezes, o q me deixa envergonhado de comentar algo pela maneira tão bem descrita... Parabéns

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. SRA.

    deliciosa leitura aqui em TEU cantinho, post riquissimo em detalhes e sensações.

    certamente curiosa pelo próximo post..

    Parabéns por estar conduzindo tão bem TEU escravo.

    meus respeitos.

    lua de Hägar

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  4. só posso dizer, eu quero ! Ser tua putinha, tua escrava, tua sissi é a melhor coisa !
    Gosto e quero aprender a ser feminina e entender como funciona este universo.

    beijus a seus pés.

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  5. Como eu invejo vc por saber se controlar
    Eu sou uma porcaria de rainha que se derrete toda de desejos por sua sissy.
    Ela me enlouquece de tal forma que não consigo controlar o impulso de possui-la

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