Queridos
Sei que ando afastada. Muito trabalho, correria da nova vida e alguns obstáculos a mais no meio do caminho.
Mas 2010 foi um ano grande, no sentido de emoções intensas, descobertas, mudanças e por aí vai.
E eu não poderia deixar de desejar a vocês, leitores do meu blog e queridos que acompanham a Vulgata no FetLife sem os meus desejos de um excelente Natal e um 2011 maravilhoso, cheio de sonhos e fetiches realizados!
Muitos beijos
LV
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Aviso às navegantes
Venho por meio desta (que cafona, mas é isso que vocês merecem...) avisar que qualquer domme que tente denegrir o meu nome perante ao meio BDSM, amigos ou namorado, encontrará como barreira não armas, minha raiva ou comportamento reativo; mas sim a minha reputação, construída em anos de prática e conhecimento, e sobretudo a minha ÉTICA - palavrinha que vocês, vulgares sem escrúpulos, desconhecem.
Aliás, domme que é domme não faz o que tu tens feito, né venenosa??? O primeiro passo para ser uma dominatrix é respeitar o espaço alheio! Já que me admiras tanto e me invejas tanto, pelo menos aprendas isto!
Obrigada
Lady Vulgata
Aliás, domme que é domme não faz o que tu tens feito, né venenosa??? O primeiro passo para ser uma dominatrix é respeitar o espaço alheio! Já que me admiras tanto e me invejas tanto, pelo menos aprendas isto!
Obrigada
Lady Vulgata
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Pedido diferente
A balzaca corou ao ouvir as palavras do menino-ousado que, por trás das lentes e da aparente timidez, a havia conquistado.
“Faz isso pra mim, faz?” - empolgado acordando ao lado dela naquela manhã quente carioca.
Ela, apesar da surpresa e de uma pontinha de vergonha, se esmerou por fazer o melhor, dando asas à volúpia de ambos. Era lindo testemunhar aqueles olhos cheios de paixão, agora embebidos em outro prisma. Quando ambos se permitem, os mesmos momentos, as mesmas palavras e as mesmas personagens invadem outra frequência e tudo ganha intensidade.
Sim, assim como descreve Balzac, uma mulher da idade dela não aceita mais qualquer coisa; não se permite viver coisas pela metade ou ser apenas um apêndice. Ela queria o papel principal e a custo de muita paciência, persistência, argumentação e pedras nos caminho (pedras essas de cabelos compridos e uma década a menos de vida), ela conseguiu! Mesmo ao revés de todos os conselhos, sua teimosia, embalada pela intuição de grandes sorrisos, lhe deu fôlego para conquistar o coração do menino-ousado.
E mesmo que hoje a vida lhes afastasse mais do que a distância física que já se impõe, ela estaria feliz na certeza de ser capaz de amar e ser amada novamente por alguém que a completa, que a entende, que é parceiro-amigo-amante-sonhador-confidente.
E o que ele pediu pra ela fazer??? Segredo...
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
24/7 : The Passion of Life (2006) *
* Post publicado no blog Bondage & Fetiches em 30/9/2010
Se você está procurando algo em especial para entreter seu próximo final de semana aqui vai uma boa dica: 24/7, The Passion of Life de 2006.
Não imagine que essa é apenas mais uma produção recheada de cenas BDSM. O aspecto é mais amplo e esse filme lançado há quatro anos vai um pouco além. O prato preferido é a sexualidade.
A sexualidade ainda é um tema muito sensível no cinema. Existe um monte de filmes falando sobre a ganância, a inveja, a família, sucesso e amor, mas ainda há poucos exemplos de temas religiosos ou sexuais - e menos ainda em que se combinam estes dois. Há uma razão para isso. A sexualidade é considerada suja, a religião é considerada muito privada. É preciso alguma inteligência para ignorar e ir mais fundo no buraco do coelho para encontrar algumas respostas.
"24/7, The Passion of Life" é uma produção independente que tenta esclarecer a sofisticação deste tema. E ao contrário de muitos outros, eles conseguem fazê-lo sem usar a sexualidade como foco apenas, mas como a verdadeira chave para o tema principal.
De fato, esse filme não é somente sobre BDSM, não foi sucesso de público, e também não quis ter essa pretensão.
É um filme com uma forte ligação ao teatro e à filosofia.
Quem estiver à procura de um filme de SM kinky, pode procurar em outro lugar. Se você já se perguntou se existe uma razão mais profunda sobre fetiches, muito além do sexo comportado debaixo das cobertas, assista a esse filme.
Para mim, a parte mais interessante deste filme foram às discussões intensas sobre a luxúria e pecado, que estiveram longe de ter o típico estereótipo preto no branco. E todos os atores foram bastante eficazes em sua luta para preencher sua vida com algum sentido - como todos nós estamos tentando fazer. Especialmente Marina Anna Eich como "Eva", me convenceu como a mulher jovem, bonita e bem sucedida, que está experimentando sua nova vida como uma surpresa, tal qual Alice no País das Maravilhas.
O roteiro é simples.
Fala sobre uma mulher que quer saber mais sobre sexualidade, especialmente sobre Femdom, Feminização, Exibicionismo, o caminho para encontrar a sua verdadeira identidade fetichista.
Conhece fortuitamente outra jovem e, ao visitar sua casa, descobre que ela leva uma vida dupla como Dominadora. A garota fica fascinada pela cultura BDSM e parte em busca de encontrar a porta de entrada desse mundo novo.
Não espere um enredo de fácil entendimento em The Passion of Life.
Tudo que engloba sexo, religião e sociologia têm uma atmosfera complicada, e, normalmente, existem opiniões formadas a respeito do assunto o que nem sempre agrada a todos.
Prepare-se para o enfoque correto e interprete o filme pelas cenas, pela excelente fotografia e pela mensagem que o diretor (Roland Reber) procura apresentar.
Realizado em 2006 na Região da Bavária na Alemanha é uma excelente possibilidade para novos e antigos praticantes de BDSM entenderem seus caminhos e conflitos.
Não é sempre que se tem um olhar tão profundo sobre sexualidade no cinema.
Aproveite a chance.
Abaixo o trailer oficial do filme em seu lançamento e link (torrent) para baixar o filme na íntegra aqui.
Se você está procurando algo em especial para entreter seu próximo final de semana aqui vai uma boa dica: 24/7, The Passion of Life de 2006.
Não imagine que essa é apenas mais uma produção recheada de cenas BDSM. O aspecto é mais amplo e esse filme lançado há quatro anos vai um pouco além. O prato preferido é a sexualidade.
A sexualidade ainda é um tema muito sensível no cinema. Existe um monte de filmes falando sobre a ganância, a inveja, a família, sucesso e amor, mas ainda há poucos exemplos de temas religiosos ou sexuais - e menos ainda em que se combinam estes dois. Há uma razão para isso. A sexualidade é considerada suja, a religião é considerada muito privada. É preciso alguma inteligência para ignorar e ir mais fundo no buraco do coelho para encontrar algumas respostas.
"24/7, The Passion of Life" é uma produção independente que tenta esclarecer a sofisticação deste tema. E ao contrário de muitos outros, eles conseguem fazê-lo sem usar a sexualidade como foco apenas, mas como a verdadeira chave para o tema principal.
De fato, esse filme não é somente sobre BDSM, não foi sucesso de público, e também não quis ter essa pretensão.
É um filme com uma forte ligação ao teatro e à filosofia.
Quem estiver à procura de um filme de SM kinky, pode procurar em outro lugar. Se você já se perguntou se existe uma razão mais profunda sobre fetiches, muito além do sexo comportado debaixo das cobertas, assista a esse filme.
Para mim, a parte mais interessante deste filme foram às discussões intensas sobre a luxúria e pecado, que estiveram longe de ter o típico estereótipo preto no branco. E todos os atores foram bastante eficazes em sua luta para preencher sua vida com algum sentido - como todos nós estamos tentando fazer. Especialmente Marina Anna Eich como "Eva", me convenceu como a mulher jovem, bonita e bem sucedida, que está experimentando sua nova vida como uma surpresa, tal qual Alice no País das Maravilhas.
O roteiro é simples.
Fala sobre uma mulher que quer saber mais sobre sexualidade, especialmente sobre Femdom, Feminização, Exibicionismo, o caminho para encontrar a sua verdadeira identidade fetichista.
Conhece fortuitamente outra jovem e, ao visitar sua casa, descobre que ela leva uma vida dupla como Dominadora. A garota fica fascinada pela cultura BDSM e parte em busca de encontrar a porta de entrada desse mundo novo.
Não espere um enredo de fácil entendimento em The Passion of Life.
Tudo que engloba sexo, religião e sociologia têm uma atmosfera complicada, e, normalmente, existem opiniões formadas a respeito do assunto o que nem sempre agrada a todos.
Prepare-se para o enfoque correto e interprete o filme pelas cenas, pela excelente fotografia e pela mensagem que o diretor (Roland Reber) procura apresentar.
Realizado em 2006 na Região da Bavária na Alemanha é uma excelente possibilidade para novos e antigos praticantes de BDSM entenderem seus caminhos e conflitos.
Não é sempre que se tem um olhar tão profundo sobre sexualidade no cinema.
Aproveite a chance.
Abaixo o trailer oficial do filme em seu lançamento e link (torrent) para baixar o filme na íntegra aqui.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
domingo, 12 de setembro de 2010
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Ensaio
Gentem
Hoje a Vulgata fez o ensaio sensual dela...
Sem falsa modéstia, ficou um luxo! Em breve eu mostro algumas permitidas para um blog de respeito (kkkkkkkkk). E, é claro, meu obrigada, com todo o carinho do mundo, ao fotógrafo autor das belas imagens, Tiago Lautert.
Bjks e me aguardem
LV
Hoje a Vulgata fez o ensaio sensual dela...
Sem falsa modéstia, ficou um luxo! Em breve eu mostro algumas permitidas para um blog de respeito (kkkkkkkkk). E, é claro, meu obrigada, com todo o carinho do mundo, ao fotógrafo autor das belas imagens, Tiago Lautert.
Bjks e me aguardem
LV
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Parábola do caranguejo
Eita bichinho estranho esse tal de caranguejo: só anda pros lados, foge de tudo e quando se sente ameaçado se volta pra dentro da carapaça! Pouco vive porque tem medo de tudo. O que julga ser os riscos que corre, não passa de ilusão da sua própria mente que insiste em desenhar um mapa contrariado pelo destino, sabotado pelo que sente. E dentro do seu medo, é míope e incapaz de aprender outros modos de sobreviver.
Não é à toa que está ameaçado de extinção o pobre e, mesmo sabendo disso, não faz nada para mudar. O que busca fora de si, cotemplando por horas e horas aquela praia imensa, não está no fundo do mar das suas ilusões e sim dentro de si, aprisionado em sua carapaça.
Pois era um desses, jovem, lá pela idade de testar o mundo com suas pinças em forma de fortes garras, quem resolveu entrar no universo do fetiche. Curioso, cheio de ansiedade e impulso desmedido, queria a todo custo viver uma fantasia DE VERDADE. Até então só tinha passeado pelas margens da coisa e ainda sim tudo o encantava.
Um dia ele encontrou uma certa carangueja, plena de si e cheia de convicções; frágil, sensível e exausta de ser rainha do grupo. Ela, ao contrário dos demais da sua espécie, não andava para os lados. Havia desenvolvido um método de andar para frente e para trás, sacrificando sua carapaça, pagando o preço de não ter mais refúgio como seus companheiros. Da carangueja quase todos gostavam, exceto os que não a compreendiam ou a invejavam.
Apesar de muito diferentes, a carangueja se encantou com o jovem e resolveu aceitar os flertes que o introduziram em seu mundo. Alertou que era difícil. Entretanto, ela tentava acompanhá-lo andando para os lados para que se acertassem não só nos fetiches crustáceos, mas principalmente nas cicatrizes que ambos mantinham. Ela queria levá-lo pela mão e mostrar como se andava para frente. Ele quis e até arriscou alguns passos. Mas por sua carapaça ser tão rígida, não resistiu às dores iniciais e não acreditou que logo logo eles estariam libertos para viver o que ele sempre sonhava ao contemplar o mar.
O que o caranguejo não sabia é que ela sofria muito andando para frente, mas que toda essa dor compensava e que a única coisa que lhe faltava era um caranguejo que a acompanhasse permanentemente. E embora sofresse, ela continuava andando e até volta e meia dava um passo para trás, retornando ao seu rumo sem desistir. Era comum vê-la acompanhada; gostava de rir com os amigos de outra espécie que andavam como ela. Por vezes andava com outro macho, sossegando de tempos em tempos seu caminhar. Porque a solidão é que dava o peso às costas da carangueja, mesmo sem ter mais aquela armadura.
Muitas vezes o jovem caranguejo foi visitá-la e ela estava banhada em lágrimas porque o caminhar adiante a consumia de forma quase insuportável, desgastando suas garras. Ele a contemplava admirado e, quando estava carente da força e dos cuidados da carangueja, até punha suas pinças por cima dela e a abraçava. Porém, assim como os demais do bando, ele não se sentia capaz de sacrificar-se para andar para frente como sua musa inspiradora.
E assim ele permaneceu parado, andando às vezes para o lado no arfã de encontrá-la em algum cruzamento. Infelizmente muito pouco ele viveu da sua fantasia porque não teve paciência para esperar um desses momentos de dor da carangueja que acontece quando ela dá um passo muito longo. Porque ao invés dele entender que somente esses passos dolorosos são os que fazem dela uma Rainha, ele preferiu continuar andando para os lados e jamais contemplar um horizonte de frente.
Hoje ele é um caranguejo aparentemente feliz, cheio de soberba, grudando nas raízes dos mangues próximos à praia, onde as árvores retorcidas muitas vezes o impedem de contemplar o mar que ele tanto ama e que guarda os segredos daquela carangueja que para sempre vai amar; e ela seguiu seu caminho. Nos seus sonhos, ele a encontra todos os dias num sentimento platônico, frustrado e covarde. No mais profundo da sua alma, ele guardou os desejos que endereçou a ela e a vontade de viver uma vida diferente.
Ela? Bem, ela... está por aí. Dando um passo por dia, às vezes mais largo. Ora recua de leve porque se enfraquece; ora anda para os lados devagarinho para descansar da maratona de uma vida sem carapaça, exposta e sem volta. Sim, ela gostaria que ele a tivesse acompanhado, mas até porque anda para a frente, entendeu que cada um ao seu tempo e que, sim, todos estão fadados a encontrar-se na mesma praia...
O fetiche ela guarda consigo e o vive quando quer; ele é só uma porta - de entrada ou saída. Afinal, ela é uma Rainha. Sem nada que a prenda, partirá para uma nova enseada, cheia de vontade de que seus passos sejam amparados por um caranguejo que se arrisque aprender a andar para frente como ela e compreenda que é muito mais fácil do que parece. Só exige CORAGEM e FÉ NA VIDA!
"[...] as pessoas mais sensíveis podem ser as mais fortes. É preciso coragem para chorar, para demonstrar dúvidas e sentimentos, para dizer 'Eu te amo' e até mesmo para mentir.[...]
Na lápide de mais um caranguejo falecido em sua alma ela gravou com a força do tempo, senhor de todas as respostas: "que um dia tu entendas que somente quando tu arriscares a viver o que a vida te oferecer serás feliz plenamente; e que geralmente essa oferta está muito distante dos planos mirabolantes que nossa mente limitada faz e das idealizações que cercam as surpresas de estar nesse mundo"!
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Proposta indecente
Segunda-feira, problemas feito erva daninha na minha horta, programação normal, em princípio, e muitos desafios... Mas, as tais surpresas da vida!
Pense numa pessoa respeitável e que nunca direcionou sequer um olhar malicioso para ti, não que tenhas notado. Pois então, de um ser assim veio uma proposta que incendiou minha semana em vários sentidos e despertou a Vulgata adormecida.
E como diz JonJon sobre mim: "Bom dia, dona lascívia. Hoje sou eu que mando!"
Chicotes a postos!
Beijos meus amores, Lady Vulgata renasceu das cinzas.
Pense numa pessoa respeitável e que nunca direcionou sequer um olhar malicioso para ti, não que tenhas notado. Pois então, de um ser assim veio uma proposta que incendiou minha semana em vários sentidos e despertou a Vulgata adormecida.
E como diz JonJon sobre mim: "Bom dia, dona lascívia. Hoje sou eu que mando!"
Chicotes a postos!
Beijos meus amores, Lady Vulgata renasceu das cinzas.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Prazer, me reconheço!
Olá queridos
Minha porção inquieta não consegue ficar muito longe das letras; e entre muitos rascunhos resolvi deixar algo aqui registrado após ler o texto do JonJon sobre prazer. Confuso, assim como aquela cabecinha errante; porém profundo como aquele coração de Iaiá!
Há 10 dias eu findei um ciclo com uma pessoa muito importante. Não sei se é definitiva a participação como amor desse alguém na minha vida, mas sei que daquela forma que estava não tinha mais jeito de manter. Tomei coragem, tomei as rédeas há muito perdidas e resolvi bancar os medos e a solidão, entre muitas saudades que saberia certas dalí pra frente.
Vamos vivendo porque nem só de amor vive uma Lady, não é... Cada dia alguma emoção nova, entrecortada pela saudade imensa que sinto daquele cheiro, daquelas mãos e até daquele tom quase sempre rude nas palavras, porém carregado de ternura nas entrelinhas.
Mas o prazer é algo necessário por uma questão instintiva. Quando o prazer some, algo adoeceu seriamente em nós. Eu me sentia assim. E preocupada que andava, direcionei minhas atenções aos pobres amigos que sempre me aturam nos bons e maus momentos, entendendo minhas visceralidades como um toque exótico na minha pessoa. E em meio a eles, recuperei meu prazer; um prazer imediato, sem frescuras, sem pedidos e sem cobranças. Um prazer simples como deve ser o do bicho; real como deve ser o do humano.
E viv la féte!
Minha porção inquieta não consegue ficar muito longe das letras; e entre muitos rascunhos resolvi deixar algo aqui registrado após ler o texto do JonJon sobre prazer. Confuso, assim como aquela cabecinha errante; porém profundo como aquele coração de Iaiá!
Há 10 dias eu findei um ciclo com uma pessoa muito importante. Não sei se é definitiva a participação como amor desse alguém na minha vida, mas sei que daquela forma que estava não tinha mais jeito de manter. Tomei coragem, tomei as rédeas há muito perdidas e resolvi bancar os medos e a solidão, entre muitas saudades que saberia certas dalí pra frente.
Vamos vivendo porque nem só de amor vive uma Lady, não é... Cada dia alguma emoção nova, entrecortada pela saudade imensa que sinto daquele cheiro, daquelas mãos e até daquele tom quase sempre rude nas palavras, porém carregado de ternura nas entrelinhas.
Mas o prazer é algo necessário por uma questão instintiva. Quando o prazer some, algo adoeceu seriamente em nós. Eu me sentia assim. E preocupada que andava, direcionei minhas atenções aos pobres amigos que sempre me aturam nos bons e maus momentos, entendendo minhas visceralidades como um toque exótico na minha pessoa. E em meio a eles, recuperei meu prazer; um prazer imediato, sem frescuras, sem pedidos e sem cobranças. Um prazer simples como deve ser o do bicho; real como deve ser o do humano.
E viv la féte!
terça-feira, 8 de junho de 2010
O amor segundo o sacrifício e a superação
"De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure." (V.M)
Feliz aniversário, meu amor!
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Blog temporariamente suspenso
Queridos
Por motivos pessoais eu vou ficar um tempo sem publicar nada inédito por aqui.
Obrigada pelo carinho!
Beijos
Por motivos pessoais eu vou ficar um tempo sem publicar nada inédito por aqui.
Obrigada pelo carinho!
Beijos
domingo, 18 de abril de 2010
terça-feira, 13 de abril de 2010
Tigresa tatuada
Caetano estava inspirado quando escreveu esta música e fico curiosa em saber qual foi essa inspiração...
Hoje pela manhã um amigo querido me disse que sou a mistura de Tigresa (na voz da Bethânia) e de Tatuagem do Chico. Enfim, as letras estão abaixo e eu gostei muito do elogio e da lembrança!
Tigresa*
Uma tigresa de unhas negras
E íris cor de mel
Uma mulher, uma beleza
Que me aconteceu
Esfregando a pele de ouro marrom
Do seu corpo contra o meu
Me falou que o mal é bom e o bem cruel
Enquanto os pelos dessa deusa
Tremem ao vento ateu
Ela me conta com certeza
Tudo o que viveu
Que gostava de política
Em mil novecentos e sessenta e seis
E hoje dança no Frenetic Dancin' Days
Ela me conta que era atriz
E trabalhou no Hair
Com alguns homens foi feliz
Com outros foi mulher
Que tem muito ódio no coração
Que tem dado muito amor
E espalhado muito prazer e muita dor
Mas ela ao mesmo tempo diz
Que tudo vai mudar
Porque ela vai ser o que quis
Inventando um lugar
Onde a gente e a natureza feliz
Vivam sempre em comunhão
E a tigresa possa mais do que o leão
As garras da felina
Me marcaram o coração
Mas as besteiras de menina
Que ela disse não
E eu corri pra o violão num lamento
E a manhã nasceu azul
Como é bom poder tocar um instrumento
Tatuagem**
Sereias e serpentes
Que te rabiscam
O corpo todo
Mas não sentes...
*Caetano Veloso
** Chico Buarque e Ruy Guerra
Hoje pela manhã um amigo querido me disse que sou a mistura de Tigresa (na voz da Bethânia) e de Tatuagem do Chico. Enfim, as letras estão abaixo e eu gostei muito do elogio e da lembrança!
Tigresa*
Uma tigresa de unhas negras
E íris cor de mel
Uma mulher, uma beleza
Que me aconteceu
Esfregando a pele de ouro marrom
Do seu corpo contra o meu
Me falou que o mal é bom e o bem cruel
Enquanto os pelos dessa deusa
Tremem ao vento ateu
Ela me conta com certeza
Tudo o que viveu
Que gostava de política
Em mil novecentos e sessenta e seis
E hoje dança no Frenetic Dancin' Days
Ela me conta que era atriz
E trabalhou no Hair
Com alguns homens foi feliz
Com outros foi mulher
Que tem muito ódio no coração
Que tem dado muito amor
E espalhado muito prazer e muita dor
Mas ela ao mesmo tempo diz
Que tudo vai mudar
Porque ela vai ser o que quis
Inventando um lugar
Onde a gente e a natureza feliz
Vivam sempre em comunhão
E a tigresa possa mais do que o leão
As garras da felina
Me marcaram o coração
Mas as besteiras de menina
Que ela disse não
E eu corri pra o violão num lamento
E a manhã nasceu azul
Como é bom poder tocar um instrumento
Tatuagem**
Quero ficar no teu corpo
Feito tatuagem
Que é prá te dar coragem
Prá seguir viagem
Quando a noite vem...
E também prá me perpetuar
Em tua escrava
Que você pega, esfrega
Nega, mas não lava...
Quero brincar no teu corpo
Feito bailarina
Que logo se alucina
Salta e te ilumina
Quando a noite vem...
E nos músculos exaustos
Do teu braço
Repousar frouxa, murcha
Farta, morta de cansaço...
Quero pesar feito cruz
Nas tuas costas
Que te retalha em postas
Mas no fundo gostas
Quando a noite vem...
Quero ser a cicatriz
Risonha e corrosiva
Marcada a frio
Ferro e fogo
Em carne viva...
Sereias e serpentes
Que te rabiscam
O corpo todo
Mas não sentes...
*Caetano Veloso
** Chico Buarque e Ruy Guerra
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Novo post no TPMulheres
Hoje falei um pouco sobre o BDSM e seus conceitos básicos na minha coluna do TPMulheres. Vinha recebendo e-mails perguntando mais sobre o assunto e com algumas questões fundamentais.
Espero que gostem!
Beijos da Vulgata
Espero que gostem!
Beijos da Vulgata
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Feliz aniversário, meu amado Monstrinho!
Adoraria ter inspiração para produzir o melhor post de todos neste dia tão especial. Quem acompanha o Confissões de uma Mistress há quase um ano e não conhece o MZ Submisso, ou melhor, o 'Monstrinho da Lady Vulgata', é porque não prestou atenção à maioria dos posts.
Monstrinho é boa parte da razão deste blog; é o culpado por esta que vos escreve, apesar das derrotas e das frustrações eventuais, não ter desistido do BDSM; é o amigo que consola, ri, diverte, aconselha; é o amante que dá prazer; é o incansável e prestativo companheiro de msn, de lascívia, de skype, de tramóias libidinosas, de inspirações, de sessões agora mais raras, porém não menos deliciosas...
Adoraria ter o dom de escrever poemas; adoraria estar mais perto de ti fisicamente, ainda que meu coração sempre o esteja; adoraria ser tua Rainha mais a fundo, no dia-a-dia, nas tristezas e nas decepções, assim como nas dores e torturas que tanto te fazem bem; adoraria que algumas coisas fossem diferentes...; adoraria que a distância, a saudade e o tempo fossem mais fáceis de se lidar...
Porém, neste dia 6 de abril, quando meu ariano querido faz aniversário, ADORO te dizer que sou muito feliz porque tu és assim: ousado, criativo, safado, ordinário, amigo, companheiro, cúmplice, carinhoso, atencioso, submisso, enérgico, cheio de opinião, lascivo, deliciosoooo, cabeludo, lindo, alegre, racional, meticuloso, estratégico, detalhista e masoquista! Ah, e é claro, fofo e gostosão!!! :D
Parabéns, Monstrinho! Saibas que tua Rainha deseja somente o melhor pra ti naquilo que ela já sabe e tu também, e principalmente naquilo que nenhum de nós dois nem faz idéia, mas que faz parte da delícia de viver e ser surpreendido! TE AMO! Carpe Diem!!!
quinta-feira, 25 de março de 2010
Provocação - Parte 2
(Continuando)
Descanso? Certamente não seria o momento que nenhum dos dois gostaria de repousar…
Percebendo que o ‘rapazinho’ já dava sinal de vida, fez questão de sentir o próprio gosto preenchendo toda a sua boca com aquele membro delicioso. Lentamente subia e descia a língua, roçando de leve seu piercing na glande, o que provocava gemidos abafados do moço. Aos poucos intercalava lábios e língua com uma das mãos, enquanto a outra percorria o corpo firme, de músculos rígidos e desenvolvidos no ponto, maquiados com tintas há muito definitivas.
Depois de deixá-lo ‘em ponto de bala’, subiu nas ancas do rapaz, encaixou seu sexo no dele e imprimiu um ritmo lento, demonstrando as artes do pompoar apreendidas ao longo dos anos balzaquianos desde sempre. Seus corpos viviam espasmos e ele se sentia nas mãos dela. Sim, ela que tanto falara de suas aventuras de dominadora, agora o subjugava de forma deliciosa. E quem disse que ele queria algo diferente de estar sob os comandos dela naquele momento?
Tentou mexer as mãos e ela as prendeu atrás da sua cabeça, segurando com firmeza, olhando em seus olhos, para que ele entendesse que só o faria quando ela quisesse. Assim permaneceu por alguns minutos até que ela atingisse o clímax mais uma vez. Seu corpo foi percorrido por uma descarga de eletricidade que ele pôde sentir pela forma com que ela se cotorceu sobre ele, apertando seus pulsos e fazendo pressão em seu sexo por minutos sôfregos.
Recuperada da multiplicidade do prazer, soltou as mãos do rapaz e as colocou em seus quadris, voltando a cavalgar de forma mais selvagem, em ritmo constante.
- Agora pelo jeito vou presenciar uma fera selvagem (sussurrou)
- Selvagem e no cio! (ela respondeu)
- E como domar…?
- Acho difícil que alguém consiga, mas tente!
Num movimento rápido ele a virou e se pos entre suas pernas, sugando-lhe todo o mel que escorria em abundância, passando a língua suavemente sobre o clitóris. A ela só restava delirar. Nem tentou reagir. E como quem chupa um delicioso sorvete em dia de calor, ele permaneceu naquela posição por muito tempo… tempo suficiente para enfraquecer-lhe os músculos de tanto gozar.
Satisfeito em ver sua exaustão, ergueu seu corpo sobre ela, sorrindo.
- Acho que amansei a fera
- Sim, conseguiste, mas ainda não por completo
- Queres mais?
- Quero te sentir todo dentro de mim novamente!
Ele apenas soltou o corpo, num encaixe perfeito. Enquanto imprimia ritmo, lambia as pontas dos mamilos dela tão entumecidos. Sentindo aquele membro duríssimo dentro de si, ela não demorou a gozar mais uma vez. Ele apenas sorria, vendo seu talento de garanhão confirmado.
Os sussuros ajudavam a dar mais excitação…
- Agora quero algo diferente. Será que a selvagem dama me concede a honra de ter-lhe de quatro?
- Só se você me inundar o corpo com seu líquido.
- Com todo o prazer do mundo!
Ela virou-se lentamente, exibindo seu belo traseiro, o que o deixou mais cedento em comê-la daquela forma primitiva. Segurou seus cabelos e puxou seu corpo contra o dele. Ela, semi-ereta, deixou-se conduzir pelas mãos e braços fortes do rapaz, que foi intercalando os puxões de cabelo com fortes imposições e beliscões pelos seios. E a selvagem dama só conseguia dar gritinhos lascivos, que o enlouqueciam mais e mais na iminência do orgasmo.
Quando ambos não aguentavam mais, ele deu a última estocada forte e permaneceu dentro dela, inundando-a como havia prometido.
Soltaram seus corpos e então sim, após algumas carícias, adormeceram o sono dos justos que se embriagam no prazer.
Descanso? Certamente não seria o momento que nenhum dos dois gostaria de repousar…
Percebendo que o ‘rapazinho’ já dava sinal de vida, fez questão de sentir o próprio gosto preenchendo toda a sua boca com aquele membro delicioso. Lentamente subia e descia a língua, roçando de leve seu piercing na glande, o que provocava gemidos abafados do moço. Aos poucos intercalava lábios e língua com uma das mãos, enquanto a outra percorria o corpo firme, de músculos rígidos e desenvolvidos no ponto, maquiados com tintas há muito definitivas.
Depois de deixá-lo ‘em ponto de bala’, subiu nas ancas do rapaz, encaixou seu sexo no dele e imprimiu um ritmo lento, demonstrando as artes do pompoar apreendidas ao longo dos anos balzaquianos desde sempre. Seus corpos viviam espasmos e ele se sentia nas mãos dela. Sim, ela que tanto falara de suas aventuras de dominadora, agora o subjugava de forma deliciosa. E quem disse que ele queria algo diferente de estar sob os comandos dela naquele momento?
Tentou mexer as mãos e ela as prendeu atrás da sua cabeça, segurando com firmeza, olhando em seus olhos, para que ele entendesse que só o faria quando ela quisesse. Assim permaneceu por alguns minutos até que ela atingisse o clímax mais uma vez. Seu corpo foi percorrido por uma descarga de eletricidade que ele pôde sentir pela forma com que ela se cotorceu sobre ele, apertando seus pulsos e fazendo pressão em seu sexo por minutos sôfregos.
Recuperada da multiplicidade do prazer, soltou as mãos do rapaz e as colocou em seus quadris, voltando a cavalgar de forma mais selvagem, em ritmo constante.
- Agora pelo jeito vou presenciar uma fera selvagem (sussurrou)
- Selvagem e no cio! (ela respondeu)
- E como domar…?
- Acho difícil que alguém consiga, mas tente!
Num movimento rápido ele a virou e se pos entre suas pernas, sugando-lhe todo o mel que escorria em abundância, passando a língua suavemente sobre o clitóris. A ela só restava delirar. Nem tentou reagir. E como quem chupa um delicioso sorvete em dia de calor, ele permaneceu naquela posição por muito tempo… tempo suficiente para enfraquecer-lhe os músculos de tanto gozar.
Satisfeito em ver sua exaustão, ergueu seu corpo sobre ela, sorrindo.
- Acho que amansei a fera
- Sim, conseguiste, mas ainda não por completo
- Queres mais?
- Quero te sentir todo dentro de mim novamente!
Ele apenas soltou o corpo, num encaixe perfeito. Enquanto imprimia ritmo, lambia as pontas dos mamilos dela tão entumecidos. Sentindo aquele membro duríssimo dentro de si, ela não demorou a gozar mais uma vez. Ele apenas sorria, vendo seu talento de garanhão confirmado.
Os sussuros ajudavam a dar mais excitação…
- Agora quero algo diferente. Será que a selvagem dama me concede a honra de ter-lhe de quatro?
- Só se você me inundar o corpo com seu líquido.
- Com todo o prazer do mundo!
Ela virou-se lentamente, exibindo seu belo traseiro, o que o deixou mais cedento em comê-la daquela forma primitiva. Segurou seus cabelos e puxou seu corpo contra o dele. Ela, semi-ereta, deixou-se conduzir pelas mãos e braços fortes do rapaz, que foi intercalando os puxões de cabelo com fortes imposições e beliscões pelos seios. E a selvagem dama só conseguia dar gritinhos lascivos, que o enlouqueciam mais e mais na iminência do orgasmo.
Quando ambos não aguentavam mais, ele deu a última estocada forte e permaneceu dentro dela, inundando-a como havia prometido.
Soltaram seus corpos e então sim, após algumas carícias, adormeceram o sono dos justos que se embriagam no prazer.
quinta-feira, 18 de março de 2010
Provocação - Parte 1
Ele era estranho, calado, semblante fechado. Mas algo palpitava dentro dela sempre que aqueles olhos castanhos cruzavam os seus.
Tatuagens expostas. Ela no tornozelo, pescoço e nas costas; ele nos braços, invadindo o peito e o pescoço, pulando camiseta afora. Haviam se conhecido há meses. Nunca prestaram muita atenção um ao outro. Mas naquele dia algo mudou. Ela falou dos seus fetiches para alguns amigos em comum e seu olhar brilhou. Aos poucos a atenção foi monopolizada, assim como ela gostava que fosse. P-R-O-V-O-C-A-Ç-Ã-O!
O interesse foi crescendo e as observações também. Em minutos ele já havia reparado no seu decote, nos seus pés, nos seu olhar e nos cabelos rubros, além das palavras sempre muito bem escolhidas, pronunciadas em tom lascivo por aquela boca carnuda. Sim, ela sabia seduzir até o mais duro dos machões!
Várias investidas de olhares. Vários encontros ‘casuais’. Várias reuniões...
- Podes ir lá em casa ver se há algo a aproveitar na minha discografia.
- Vou sim. Agora?
- Claro.
Havia fogo nos olhos clandestinos de ambos. Entraram porta adentro do apartamento. A timidez se configurou como mais uma arma diabólica de sedução.
- Tenho Glory Box e outras do Portishead (sorriso maroto)
- Não sei se lembro bem. Será que podemos ouvir no seu quarto?
Falta de ar. Os movimentos, frenéticos demais, deixavam a respiração tornar-se algo supérfluo em meio à volúpia dos corpos se fundindo, peças de roupa voando e passos mal conduzidos palpados nas paredes do corredor que conduzia à suíte. Certamente Glory Box era lembrada em casa vai-e-vem.
Foi tão rápido o traçado entre a frase tímida/marota e dois corpos nus em cima da cama que até este clássico da fuck music pareceria monótona se estivesse tocando.
Ela fez questão de lamber-lhe todas as tatuagens buscando apreender um pouco do da sua sensualidade. Ele era incrivelmente sexy! Ele deteve-se nos pés, nos seios, na boca, na nuca e no sexo, não necessariamente nesta ordem. Parecia querer engoli-la.
Pernas cruzadas e uma nova posição se adaptou à anatomia de ambos. Com suas mãos firmes, ele segurou os quadris dela, ditando os movimentos que ela suavemente mantinha com a pressão das suas coxas nas dele. Dessa forma tudo era acessível, do íntimo ou belo. Desenhos expostos, mamilos intumescidos e línguas muito ocupadas. Era difícil controlar o prazer, mas nenhum deles queria findar aquele momento de erotismo simbiótico tão raro.
- Não agüento mais. (Ela disse sussurrando, avisando do gozo iminente)
- Por mim ficaria aqui a noite toda vendo você gozar. (Respondeu lentamente beijando seu lóbulo da orelha esquerda)
Ela olhou no fundo de seus olhos, gemendo e implorando sem palavra pelo gozo simultâneo. Ele entendeu, moveu seus quadris e fez com que ela recostasse a cabeça sobre os travesseiros, de forma que as estocadas aumentassem de ritmo e ambos atingissem o orgasmo juntos.
Alguns segundos e os gritos concretizaram o desejo. Em seu íntimo, ela sentiu-se inundada de prazer.
E o rapaz a surpreenderia em poucos minutos quando ela percebeu que o pós-gozo foi apenas um rápido cochilo do ‘rapazinho’, já pronto para a próxima!
(Continua)
Tatuagens expostas. Ela no tornozelo, pescoço e nas costas; ele nos braços, invadindo o peito e o pescoço, pulando camiseta afora. Haviam se conhecido há meses. Nunca prestaram muita atenção um ao outro. Mas naquele dia algo mudou. Ela falou dos seus fetiches para alguns amigos em comum e seu olhar brilhou. Aos poucos a atenção foi monopolizada, assim como ela gostava que fosse. P-R-O-V-O-C-A-Ç-Ã-O!
O interesse foi crescendo e as observações também. Em minutos ele já havia reparado no seu decote, nos seus pés, nos seu olhar e nos cabelos rubros, além das palavras sempre muito bem escolhidas, pronunciadas em tom lascivo por aquela boca carnuda. Sim, ela sabia seduzir até o mais duro dos machões!
Várias investidas de olhares. Vários encontros ‘casuais’. Várias reuniões...
- Podes ir lá em casa ver se há algo a aproveitar na minha discografia.
- Vou sim. Agora?
- Claro.
Havia fogo nos olhos clandestinos de ambos. Entraram porta adentro do apartamento. A timidez se configurou como mais uma arma diabólica de sedução.
- Tenho Glory Box e outras do Portishead (sorriso maroto)
- Não sei se lembro bem. Será que podemos ouvir no seu quarto?
Falta de ar. Os movimentos, frenéticos demais, deixavam a respiração tornar-se algo supérfluo em meio à volúpia dos corpos se fundindo, peças de roupa voando e passos mal conduzidos palpados nas paredes do corredor que conduzia à suíte. Certamente Glory Box era lembrada em casa vai-e-vem.
Foi tão rápido o traçado entre a frase tímida/marota e dois corpos nus em cima da cama que até este clássico da fuck music pareceria monótona se estivesse tocando.
Ela fez questão de lamber-lhe todas as tatuagens buscando apreender um pouco do da sua sensualidade. Ele era incrivelmente sexy! Ele deteve-se nos pés, nos seios, na boca, na nuca e no sexo, não necessariamente nesta ordem. Parecia querer engoli-la.
Pernas cruzadas e uma nova posição se adaptou à anatomia de ambos. Com suas mãos firmes, ele segurou os quadris dela, ditando os movimentos que ela suavemente mantinha com a pressão das suas coxas nas dele. Dessa forma tudo era acessível, do íntimo ou belo. Desenhos expostos, mamilos intumescidos e línguas muito ocupadas. Era difícil controlar o prazer, mas nenhum deles queria findar aquele momento de erotismo simbiótico tão raro.
- Não agüento mais. (Ela disse sussurrando, avisando do gozo iminente)
- Por mim ficaria aqui a noite toda vendo você gozar. (Respondeu lentamente beijando seu lóbulo da orelha esquerda)
Ela olhou no fundo de seus olhos, gemendo e implorando sem palavra pelo gozo simultâneo. Ele entendeu, moveu seus quadris e fez com que ela recostasse a cabeça sobre os travesseiros, de forma que as estocadas aumentassem de ritmo e ambos atingissem o orgasmo juntos.
Alguns segundos e os gritos concretizaram o desejo. Em seu íntimo, ela sentiu-se inundada de prazer.
E o rapaz a surpreenderia em poucos minutos quando ela percebeu que o pós-gozo foi apenas um rápido cochilo do ‘rapazinho’, já pronto para a próxima!
(Continua)
segunda-feira, 15 de março de 2010
sexta-feira, 12 de março de 2010
Sou infantil
Lembra que te disse que um dia me prometi que não ficaria mais de 12 horas triste com alguma coisa? Pois bem, vou cumprir essa promessa mais uma vez, mas antes vou escrever o que refleti. Talvez te sirva...
Hoje cheguei à conclusão que sou infantil. Sim sou muito infantil. Não posso dizer que sou ingênua porque muita água já passou por debaixo 'dessa ponte' e alguma malícia eu aprendi; porém mantenho meus olhos ingênuos diante das pessoas. Falo da minha vida como quem conta uma fábula sem se preocupar com o lúdico do outro. Falo falo falo... sem pudores, sem rancores, colocando todo o meu 'eu' sem artimanhas para obter isso ou aquilo. Dispo-me das roupas expondo minhas imperfeições e cicatrizes, assim como dispo minha alma em busca do novo. Não sei tramar, medir, articular. Se conquisto é por eu mesma, pela minha essência; minha manipulação é a minha transparência.
Sinto saudades de acreditar nas pessoas e daquele tempo onde as únicas promessas e planos eram as brincadeiras do dia seguinte (sempre cumpridas, diga-se de passagem, a não ser que caísse um toró). Sinto saudades de quando não existia msn e e-mail era algo complicado para usar; assim éramos obrigados a olhar nos olhos das pessoas e conversar. Sim, o msn, skype, e todas essas parafernálias facilitam a nossa vida em algumas ocasiões, mas tiram toda a nossa expontaneidade diante das emoções próprias e alheias. Sim, tenho um olhar infantil sobre tudo isso e adoraria ser criança para ter como única diversão os joguinhos e desenhos coloridos em multimídia. Mas eu sou adulta... e fetichista...
Há algumas semanas eu conheci um rapaz que me fez acreditar que algo ainda poderia valer a pena nesse mundo complicado do BDSM. Diante de tantos chatos desprovidos completamente de qualquer repertório, das montanhas de mentirosos que já cruzaram a minha vida, até hoje somente duas pessoas realmente valeram a pena na minha trajetória sadomasoquista - e peloamordedeus não pensem meus amigos que estou falando de vocês, ok! Falo dos famosos e controversos submissos. Sim, até porque submissAs são tão raras por essas bandas quanto araras azuis.
Conheci muita, mas muita gente mesmo. Nem saberia precisar. A maioria não me fez tremer nem um dedo, quanto mais me despertar a vontade de colocar pra fora a Lady Vulgata e seus diabólicos olhos verdes... Alguns valeram a pena pelo corpinho, confesso. Sabia que não seriam bons submissos, mas poderiam ser boas 'saídas'. E foram. Outros foram esforçados, mas não conseguiram conciliar suas vidas com as 'atividades' SM.
Mas valer a pena pra mim é criar cumplicidade, permitir aprendizado, confiar e se entregar ao hedonismo da cena, do momento e do relacionamento que se cria. É ter mais que afinidade; é ter química, parceria e respeito mútuos, não só pelos sigilos sociais, mas pelos sentimentos envolvidos. Já disse aqui que BDSM dessa forma, na minha opinião, é um tipo de amor... e muito prazeroso! Porém tão raro... tão tão raro...
E quem valeu a pena até hoje foi quem me iniciou como domme (sim, isso existe e quem me acompanha aqui sabe da importância do Tolkien na minha vida) e permaneceu com a minha coleira por mais de 2 anos; e meu amado Monstrinho MZ Submisso, com quem completei um ano de relacionamento SM em fevereiro. Jurava que havia encontrado o terceiro... e este post não tem a pretenção de ser saudosista, tampouco falar das vezes em que nos decepcionamos na vida ou nos equivocamos, mas sim em lançar uma reflexão de como o BDSM pode causar medo nas nossas vidas por ser tão distante dos sonhos que fantasiamos.
Não estou aqui para falar mal do moço. Pelo contrário. Sei que ainda seremos amigos e confidentes. Tive o mais íntimo dele nas minhas mãos e vi nos olhos dele que não é pouco (coisas que nem ele sabia que estavam na sua alma; coisas que resplandeceram no seu sorriso em cada palmada e chicotada que eu dei). Extremamente honesto, franco, carinhoso e cavalheiro, além de inteligente e bem humorado. Entretanto, foi mais um vencido pelos fantasmas da consciência. Acho que todos nós já passamos por isso e são poucos os que enfrentam e vão adiante, por isso é tão comum dizer que "BDSM tem início difícil". Pessoas que acreditam que podem matar seus desejos em nome do que socialmente ou moralmente se convenciona como o correto. Pessoas que se deixam morrer um pouco a cada dia por desejar e abafar!
E também quero falar de algo muito importante que é o mau uso que os submissos fazem das dommes. Somos usadas por vocês, "senhores" (tsc), e nem sempre da melhor forma. Por que digo isso??? Por que a última coisa com que vocês se preocupam quando estão decidindo se querem ou não querem entrar neste mundo é com os sentimentos e as expectativas das mulheres que ali estão para lhes dar prazer (porque não adianta virem com esse blablablá pra mim que o escravo só existe pra dar prazer pra Rainha - é uma via de mão dupla!).
Que me perdoem as profissionais que cobram por isso, mas eu sou domme por prazer. Não recebo nada em dividendos a não ser as carinhas de felicidade dos meus submissos e essa tal cumplicidade tão difícil de se encontrar por aí. Promessas vocês fazem mil: desde expor-se ao ridículo, até desejar coleiras permanentes ("pode mandar fazer" lembra???). Colocam nossos nomes em seus orkuts e msns, dão presentinhos, mandam sms, escrevem todos os tipos de devaneios para que tenhamos certeza da sua entrega. Mas na primeira crise de consciência jogam a toalha e a descartável domme que se lixe e procure outro que a faça feliz!
Infelizmente não é assim. Com essa atitude de vocês, "senhores" (tsc), muitas boas dommes também já jogaram suas toalhas, desencantadas com essa irresponsabilidade com os sentimentos e tempo alheios. Eu mesma conheci algumas e estou no limiar de ser a próxima. Estou muito cansada. Muito mesmo. E se eu sair do cenário saibam que ainda existe a Lady Vulgata, só que ela perdeu a paciência de tentar ensinar, iniciar, ajudar e abrir as portas do prazer para pessoas que só pensam nos seus próprios umbigos. Talvez ela volte a ser aquela mulher baunilha recatada que foi descoberta 'por acaso' por um aluno insistente. E assim eu vivo minha vida pacata, eventualmente encontro meu Monstrinho (porque este é de fé!) e deixo essa loucura de lado.
Eu também passei por isso. Também fiquei com os meus sentimentos confusos após as primeiras sessões. Até porque era casada e nunca gostei de ser infiel. Porém, procurei compreender, serenar, conversar com o Tolkien, expor meus medos e angústias. O tempo mostrou que ele estava certo e que tudo isso passaria (as angústias, os temores, as dúvidas). Mas eu tive paciência, eu me dispus, eu não chutei o balde antes do tempo! Portanto, se valeu para mim que sou domme, vale para vocês que são submissos e vale em muito na nossa vida. Sim, temos que saber o que queremos pra nós, o que sentimos, o que bancamos, mas precisamos dar oportunidade à vida de nos mostrar todos os viéses daquele novo matiz que nos apresenta chamado BDSM antes de tomar uma decisão final!
Queridos, não façam as dommes de bobas. Sei que há muitas mulheres que não mereceriam ser chamadas de dommes e fazem misérias com vocês, mas estas nem deveriam ser chamadas dommes e nós, mulheres hedonistas por essência, não temos que pagar por elas. Quando encontrarem uma boa mulher disposta a realizar as fantasias de vocês, sejam no mínimo gratos à vida... e espertos em mantê-las...
Jamais estabeleçam compromissos de submissão e de coleira se não têm ABSOLUTA CERTEZA do que querem. Se assim for, se há curiosidade mas não firmeza, sejam honestos. Certamente a boa domme os iniciará com o mesmo empenho, só que ela mesma não criará expectativas acerca de um novo submisso.
Realmente lamento por mais esse episódio. Fizemos tantos planos e eu sei que você estava falando a verdade. Assim como sei que já havia muito mais que BDSM entre nós. O olhar, a pele, o beijo e os abraços não mentem jamais, sobretudo para quem é fetichista. E que o tempo, o mais sábio dos conselheiros, resolva essa situação para ambos que estamos sofrendo!
Desculpem pelo desabafo, mas este é um blog primeiramente de Confissões.
Beijos
LV
Hoje cheguei à conclusão que sou infantil. Sim sou muito infantil. Não posso dizer que sou ingênua porque muita água já passou por debaixo 'dessa ponte' e alguma malícia eu aprendi; porém mantenho meus olhos ingênuos diante das pessoas. Falo da minha vida como quem conta uma fábula sem se preocupar com o lúdico do outro. Falo falo falo... sem pudores, sem rancores, colocando todo o meu 'eu' sem artimanhas para obter isso ou aquilo. Dispo-me das roupas expondo minhas imperfeições e cicatrizes, assim como dispo minha alma em busca do novo. Não sei tramar, medir, articular. Se conquisto é por eu mesma, pela minha essência; minha manipulação é a minha transparência.
Sinto saudades de acreditar nas pessoas e daquele tempo onde as únicas promessas e planos eram as brincadeiras do dia seguinte (sempre cumpridas, diga-se de passagem, a não ser que caísse um toró). Sinto saudades de quando não existia msn e e-mail era algo complicado para usar; assim éramos obrigados a olhar nos olhos das pessoas e conversar. Sim, o msn, skype, e todas essas parafernálias facilitam a nossa vida em algumas ocasiões, mas tiram toda a nossa expontaneidade diante das emoções próprias e alheias. Sim, tenho um olhar infantil sobre tudo isso e adoraria ser criança para ter como única diversão os joguinhos e desenhos coloridos em multimídia. Mas eu sou adulta... e fetichista...
Há algumas semanas eu conheci um rapaz que me fez acreditar que algo ainda poderia valer a pena nesse mundo complicado do BDSM. Diante de tantos chatos desprovidos completamente de qualquer repertório, das montanhas de mentirosos que já cruzaram a minha vida, até hoje somente duas pessoas realmente valeram a pena na minha trajetória sadomasoquista - e peloamordedeus não pensem meus amigos que estou falando de vocês, ok! Falo dos famosos e controversos submissos. Sim, até porque submissAs são tão raras por essas bandas quanto araras azuis.
Conheci muita, mas muita gente mesmo. Nem saberia precisar. A maioria não me fez tremer nem um dedo, quanto mais me despertar a vontade de colocar pra fora a Lady Vulgata e seus diabólicos olhos verdes... Alguns valeram a pena pelo corpinho, confesso. Sabia que não seriam bons submissos, mas poderiam ser boas 'saídas'. E foram. Outros foram esforçados, mas não conseguiram conciliar suas vidas com as 'atividades' SM.
Mas valer a pena pra mim é criar cumplicidade, permitir aprendizado, confiar e se entregar ao hedonismo da cena, do momento e do relacionamento que se cria. É ter mais que afinidade; é ter química, parceria e respeito mútuos, não só pelos sigilos sociais, mas pelos sentimentos envolvidos. Já disse aqui que BDSM dessa forma, na minha opinião, é um tipo de amor... e muito prazeroso! Porém tão raro... tão tão raro...
E quem valeu a pena até hoje foi quem me iniciou como domme (sim, isso existe e quem me acompanha aqui sabe da importância do Tolkien na minha vida) e permaneceu com a minha coleira por mais de 2 anos; e meu amado Monstrinho MZ Submisso, com quem completei um ano de relacionamento SM em fevereiro. Jurava que havia encontrado o terceiro... e este post não tem a pretenção de ser saudosista, tampouco falar das vezes em que nos decepcionamos na vida ou nos equivocamos, mas sim em lançar uma reflexão de como o BDSM pode causar medo nas nossas vidas por ser tão distante dos sonhos que fantasiamos.
Não estou aqui para falar mal do moço. Pelo contrário. Sei que ainda seremos amigos e confidentes. Tive o mais íntimo dele nas minhas mãos e vi nos olhos dele que não é pouco (coisas que nem ele sabia que estavam na sua alma; coisas que resplandeceram no seu sorriso em cada palmada e chicotada que eu dei). Extremamente honesto, franco, carinhoso e cavalheiro, além de inteligente e bem humorado. Entretanto, foi mais um vencido pelos fantasmas da consciência. Acho que todos nós já passamos por isso e são poucos os que enfrentam e vão adiante, por isso é tão comum dizer que "BDSM tem início difícil". Pessoas que acreditam que podem matar seus desejos em nome do que socialmente ou moralmente se convenciona como o correto. Pessoas que se deixam morrer um pouco a cada dia por desejar e abafar!
E também quero falar de algo muito importante que é o mau uso que os submissos fazem das dommes. Somos usadas por vocês, "senhores" (tsc), e nem sempre da melhor forma. Por que digo isso??? Por que a última coisa com que vocês se preocupam quando estão decidindo se querem ou não querem entrar neste mundo é com os sentimentos e as expectativas das mulheres que ali estão para lhes dar prazer (porque não adianta virem com esse blablablá pra mim que o escravo só existe pra dar prazer pra Rainha - é uma via de mão dupla!).
Que me perdoem as profissionais que cobram por isso, mas eu sou domme por prazer. Não recebo nada em dividendos a não ser as carinhas de felicidade dos meus submissos e essa tal cumplicidade tão difícil de se encontrar por aí. Promessas vocês fazem mil: desde expor-se ao ridículo, até desejar coleiras permanentes ("pode mandar fazer" lembra???). Colocam nossos nomes em seus orkuts e msns, dão presentinhos, mandam sms, escrevem todos os tipos de devaneios para que tenhamos certeza da sua entrega. Mas na primeira crise de consciência jogam a toalha e a descartável domme que se lixe e procure outro que a faça feliz!
Infelizmente não é assim. Com essa atitude de vocês, "senhores" (tsc), muitas boas dommes também já jogaram suas toalhas, desencantadas com essa irresponsabilidade com os sentimentos e tempo alheios. Eu mesma conheci algumas e estou no limiar de ser a próxima. Estou muito cansada. Muito mesmo. E se eu sair do cenário saibam que ainda existe a Lady Vulgata, só que ela perdeu a paciência de tentar ensinar, iniciar, ajudar e abrir as portas do prazer para pessoas que só pensam nos seus próprios umbigos. Talvez ela volte a ser aquela mulher baunilha recatada que foi descoberta 'por acaso' por um aluno insistente. E assim eu vivo minha vida pacata, eventualmente encontro meu Monstrinho (porque este é de fé!) e deixo essa loucura de lado.
Eu também passei por isso. Também fiquei com os meus sentimentos confusos após as primeiras sessões. Até porque era casada e nunca gostei de ser infiel. Porém, procurei compreender, serenar, conversar com o Tolkien, expor meus medos e angústias. O tempo mostrou que ele estava certo e que tudo isso passaria (as angústias, os temores, as dúvidas). Mas eu tive paciência, eu me dispus, eu não chutei o balde antes do tempo! Portanto, se valeu para mim que sou domme, vale para vocês que são submissos e vale em muito na nossa vida. Sim, temos que saber o que queremos pra nós, o que sentimos, o que bancamos, mas precisamos dar oportunidade à vida de nos mostrar todos os viéses daquele novo matiz que nos apresenta chamado BDSM antes de tomar uma decisão final!
Queridos, não façam as dommes de bobas. Sei que há muitas mulheres que não mereceriam ser chamadas de dommes e fazem misérias com vocês, mas estas nem deveriam ser chamadas dommes e nós, mulheres hedonistas por essência, não temos que pagar por elas. Quando encontrarem uma boa mulher disposta a realizar as fantasias de vocês, sejam no mínimo gratos à vida... e espertos em mantê-las...
Jamais estabeleçam compromissos de submissão e de coleira se não têm ABSOLUTA CERTEZA do que querem. Se assim for, se há curiosidade mas não firmeza, sejam honestos. Certamente a boa domme os iniciará com o mesmo empenho, só que ela mesma não criará expectativas acerca de um novo submisso.
Realmente lamento por mais esse episódio. Fizemos tantos planos e eu sei que você estava falando a verdade. Assim como sei que já havia muito mais que BDSM entre nós. O olhar, a pele, o beijo e os abraços não mentem jamais, sobretudo para quem é fetichista. E que o tempo, o mais sábio dos conselheiros, resolva essa situação para ambos que estamos sofrendo!
Desculpem pelo desabafo, mas este é um blog primeiramente de Confissões.
Beijos
LV
terça-feira, 9 de março de 2010
trecho apropriado
Ontem finalmente terminei de reler o "Eu sou uma lésbica", da Cassandra Rios. Me aproprio agora, por emoções recentes, de um trecho que cabe na minha vidinha nem-tão-comum-nem-tão-certinha.
"[...] Não seria possível distinguir essa emoção e paixão da loucura, tal o paroxismo a que chegamos. O calor do seu corpo penetrou-me, num delírio de embriagadora volúpia. As mãos nos seios, a boca na boca, a sandália entre os nossos corpos, o fetiche assassino, o fetiche estuprador, o fetiche simbólico que procurava seu esconderijo, o corpo que se movia para engolir o salto, a sandália metida entre os nossos corpos, rolando na cama, tecido rasgando, gemidos e palavras soltas, sem nexo, sôfregos e dolorosos, entre lágrimas e suor, pernas cruzando, coxas ajeitando-se, borboletas de asas negras entranhando-se numa dança frenética e sensual, numa fantasia que fez uma criança virar monstro e uma mulher se sentir um anjo."
Recomendo: o livro e a experiência...
"[...] Não seria possível distinguir essa emoção e paixão da loucura, tal o paroxismo a que chegamos. O calor do seu corpo penetrou-me, num delírio de embriagadora volúpia. As mãos nos seios, a boca na boca, a sandália entre os nossos corpos, o fetiche assassino, o fetiche estuprador, o fetiche simbólico que procurava seu esconderijo, o corpo que se movia para engolir o salto, a sandália metida entre os nossos corpos, rolando na cama, tecido rasgando, gemidos e palavras soltas, sem nexo, sôfregos e dolorosos, entre lágrimas e suor, pernas cruzando, coxas ajeitando-se, borboletas de asas negras entranhando-se numa dança frenética e sensual, numa fantasia que fez uma criança virar monstro e uma mulher se sentir um anjo."
Recomendo: o livro e a experiência...
quarta-feira, 3 de março de 2010
Indiretas comportadas
Dizem que encontros casuais produzem as mais arrebatadoras paixões. Está nos filmes, na literatura e no empirismo coletivo.
O primeiro encontro foi casual. O que ela queria era apenas jogar conversa fora com amigos e conhecer mais um do meio BDSM considerado 'legal' por sua parceira domme, corroborando sua luta diária para tirar o pessoal do armário. Ok, ok. Foi ótimo. Muitas risadas e conversa animada, regada a cerveja e batata frita.
Uma afinidade muito sutil pode ser percebida por alguns e passou na mesmice por outros.
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Dias de trovão. A vida dela vira de cabeça para baixo, sem aviso prévio, sem lutas, sem surpresas. Porém, que seja doce a dúvida e quem a verdade faz mal. Era o que todos esperavam... Resultado: portas abertas para o novo!
Ele se ofereceu para fazer algo por ela que levantasse seu astral. Ela propos, sem segundas intenções, que fossem dar uma volta e comer alguma coisa. Solícito, ele concordou e a buscou pontualmente, com todo o cavalheirismo e cordialidade que um gentleman sabe ter.
Nas entrelinhas, a submissão.
- Queres ir aonde?
- Dê mais uma volta e escolheremos
Mais alguns quilômetros e ela escolheu um restaurante japonês, saudosa dos sabores nipônicos há tempos experimentados e vividos. Sentaram-se. Comeram. Beberam. Conversaram. Indiretas comportadas eram expostas de forma natural em meio a olhares taciturnos. Ele entendeu. Ela desejou. Ele também.
Ambos se portaram como dois novos amigos com muita afinidade, respeitando a proposta inicial do encontro. Porém, acessórios são uma doce armadilha para um fetichista. No caso, dois. Além do couro dos bancos do carro, que sempre despertam lascívia nos praticantes do BDSM, ele havia comprado 'a coleira', junto com as cordas que há tanto ansiava que fossem usadas em seu corpo. Talvez a consciência o tivesse traído e, lá no fundo, ele havia feito de propósito, prevendo sua luxúria.
Ao colocar a coleira no pescoço dele, a perfeição impensada das medidas contribuiu para que todas as convenções fossem quebradas. Encaixou a guia e o puxou para si num beijo cheio de tesão.
E aquele cheiro que só nosso detector de feromônios reconhece se fez presente, pleno e saudoso por dias mais alegres. Misto de nostalgia e esperança. E seu chicote ganharia plenitude novamente.
Estava selada a união mais sublime entre duas pessoas: a que congrega a química, admiração, afinidade e uma mesma busca...
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Wife-sharing
Fetiche é fetiche e, lembrando de uma conversa que tive com meu amigo ACM, reforço que por mais que nos pareça absurda a vontade alheia, o respeito deve imperar. Pois então, com base nessa premissa, segue mais um conto que pode ser real ou fictício... ou ambos... :P
Ela estava confusa com os apelos do namorado. Os fetiches dele lhe pareciam absurdos e ofensivos demais, mesmo para uma mulher de mente aberta, com tantas aventuras no currículo.
Em meio aos diversos 'apelos', o desejo de ser corno. Empolgada de início, visitou vários blogs em busca de informações sobre quem partilhasse do mesmo fetiche. Chegou a ficar excitada com alguns vídeos e fotos, treinou a imaginação, sentiu tesão...
Porém, na primeira chance do fetiche sair da fantasia e pular para a realidade, ele não reagiu como ela pensava. Um sentimento de posse tomou conta do rapaz que a humilhou, disse frases absurdas e a acusou de ser infiel. Confusão e frustração resumiam os sentimentos e pensamentos dela. Com poucos ela partilhou desse turbilhão e, das mulheres, ouviu a mesma frase com palavras diferentes: "no fundo todos eles querem e gostam de ser cornos, amiga!"
Meu deus, ou ela era ingênua demais ou tinha pudores que sequer imaginava. Porém, escreveu uma carta ao namorado colocando seu ponto de vista, exigindo respeito; afinal, não havia feito nada de mais. Pretendia, é verdade, mas também para satisfazer um fetiche dele e não só os desejos dela.
O escolhido era alguém íntimo, amigo de algum tempo e ficante eventual antes dela conhecer o atual namorado. Perfil psicológico ideal, desencanado, bonito, alto astral, bom de cama e fetichista. Casado, não daria com a língua nos dentes. Aos olhos do namorado, no universo das idéias e propostas também parecia o parceiro ideal. Mas por que ele deu para trás?
Enfim...
Apesar do abismo que existia entre as fantasias do rapaz, expressa em comunidades diversas no orkut, e a prática propriamente dita, mal sabia ele que mexeu com a mulher errada. Uma mulher teimosa, determinada e extremamente curiosa. Jamais ela se conformaria em apagar a fogueira sem dar sequer um pulinho nela e provar do seu calor...
Então, uma linda idéia surgiu em sua mente: por que não torná-lo corno com uma mulher e não com um homem para começar?
---
Gabriele era o nome da moça que havia lhe dado o telefone há duas semanas. Ruiva natural, do tipo com sardas delicadas por todo o rosto e corpo, com lindos olhos azuis. Elas flertaram rapidamente, trocaram alguns elogios e aquele olhar que só duas mulheres livres sabem o que significa.
Não iria ligar. Não estava a fim de sexo por sexo; além disso, pretendia ser leal E FIEL ao seu novo parceiro, isso incluía as 'muchachas'. Mas agora...
---
Gabriele parecia ansiosa. O restaurante estava cheio, porém ainda com zona de conforto. Conversaram alguns minutos e ela abriu o jogo. Disse sentir-se atraída por 'Gabi' e até toparia sair somente as duas algumas vezes, desde que lhe fizesse o favor de 'comê-la' na frente do namorado. De cara, Gabriele franziu a testa, mas depois acabou gostando, sentindo-se poderosa por fazer um homem de bobo.
No dia marcado era quente, mas chovia. Gabriele chegou no horário marcado, 20 minutos antes da hora costumeira dele retornar do trabalho. Despiu-se. Trocaram carícias, denunciando que havia muita química entre ambas. Ela deixou tudo pronto, inclusive Gabi cuidadosamente deitada sobre os lençóis tigrados.
O interfone tocou. Ela atendeu e o recebeu na porta com um longo beijo. Disse ter uma surpresa. Ele elogiou seu perfume e foi indo para o quarto, despindo a camiseta suada. Parou à porta perplexo com a visão da ruiva semi-nua sobre a cama. Olhou para trás, sorriu, aprovou!
Com um sorriso sacana nos lábios, ela se dirigiu ao quarto e pediu que ele sentasse e apreciasse a cena. Deitou-se ao lado de Gabi que, meio trêmula, disse um 'oi' meio sem graça, retribuído por ele com ênfase. O beijo deu a partida para a cena. Ambas estavam apenas de calcinha e sutiã que, aos poucos, foram jogados sobre ele. Rapidamente Gabi estava no meio das pernas dela, sugando e lambendo tudo que via pela frente, incluindo aquele belíssimo monte de vênus já interamente úmido.
O gozo veio rápido pela habilidade de Gabi e pelo olhar guloso dele que acompanhava a cena com uma paixão que ela só havia visto em seus olhos algumas poucas vezes. O volume da calça era evidente e ela sugeriu que ele se tocasse, já que não poderia tocar em nenhuma delas. Assim ele o fez, sem pronunciar palavra. Abriu o zíper da calça, baixou a cueca e começou uma masturbação lenta e firme, enquanto olhava sua doce namorada sendo devorada por outra.
Retribuindo aos três orgasmos que teve nas mãos e na língua de Gabi, ela provou que o hedonismo é o seu lema. Começou com um beijo ardente, desceu pelos seios, onde se deteve por vários minutos; lambeu a barriga e afastou suas pernas. A essa altura, ele não aguentava mais o tesão. Ela tinha certeza que ele queria pular nela. Porém, era proibido! Nesta noite, ela era da Gabriele e ele mero expectador / espectador... corno manso...
Quando Gabi deu o último suspiro do orgasmo, ele fechou os olhos e colocou a mão sobre seu membro, inundando as calças e a barriga de prazer.
Recompostos, tomaram um café, conversaram algumas bobagens e Gabi se foi, prometendo um novo encontro, agora só entre as duas. Mal ela bateu a porta, ele a agarrou, querendo lamber o que restou de ambas no corpo dela. Mas isso é assunto para um outro conto... Com a certeza que, mais cedo ou mais tarde, ele aceitará ver a mesma cena com um homem!
Ela estava confusa com os apelos do namorado. Os fetiches dele lhe pareciam absurdos e ofensivos demais, mesmo para uma mulher de mente aberta, com tantas aventuras no currículo.
Em meio aos diversos 'apelos', o desejo de ser corno. Empolgada de início, visitou vários blogs em busca de informações sobre quem partilhasse do mesmo fetiche. Chegou a ficar excitada com alguns vídeos e fotos, treinou a imaginação, sentiu tesão...
Porém, na primeira chance do fetiche sair da fantasia e pular para a realidade, ele não reagiu como ela pensava. Um sentimento de posse tomou conta do rapaz que a humilhou, disse frases absurdas e a acusou de ser infiel. Confusão e frustração resumiam os sentimentos e pensamentos dela. Com poucos ela partilhou desse turbilhão e, das mulheres, ouviu a mesma frase com palavras diferentes: "no fundo todos eles querem e gostam de ser cornos, amiga!"
Meu deus, ou ela era ingênua demais ou tinha pudores que sequer imaginava. Porém, escreveu uma carta ao namorado colocando seu ponto de vista, exigindo respeito; afinal, não havia feito nada de mais. Pretendia, é verdade, mas também para satisfazer um fetiche dele e não só os desejos dela.
O escolhido era alguém íntimo, amigo de algum tempo e ficante eventual antes dela conhecer o atual namorado. Perfil psicológico ideal, desencanado, bonito, alto astral, bom de cama e fetichista. Casado, não daria com a língua nos dentes. Aos olhos do namorado, no universo das idéias e propostas também parecia o parceiro ideal. Mas por que ele deu para trás?
Enfim...
Apesar do abismo que existia entre as fantasias do rapaz, expressa em comunidades diversas no orkut, e a prática propriamente dita, mal sabia ele que mexeu com a mulher errada. Uma mulher teimosa, determinada e extremamente curiosa. Jamais ela se conformaria em apagar a fogueira sem dar sequer um pulinho nela e provar do seu calor...
Então, uma linda idéia surgiu em sua mente: por que não torná-lo corno com uma mulher e não com um homem para começar?
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Gabriele era o nome da moça que havia lhe dado o telefone há duas semanas. Ruiva natural, do tipo com sardas delicadas por todo o rosto e corpo, com lindos olhos azuis. Elas flertaram rapidamente, trocaram alguns elogios e aquele olhar que só duas mulheres livres sabem o que significa.
Não iria ligar. Não estava a fim de sexo por sexo; além disso, pretendia ser leal E FIEL ao seu novo parceiro, isso incluía as 'muchachas'. Mas agora...
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Gabriele parecia ansiosa. O restaurante estava cheio, porém ainda com zona de conforto. Conversaram alguns minutos e ela abriu o jogo. Disse sentir-se atraída por 'Gabi' e até toparia sair somente as duas algumas vezes, desde que lhe fizesse o favor de 'comê-la' na frente do namorado. De cara, Gabriele franziu a testa, mas depois acabou gostando, sentindo-se poderosa por fazer um homem de bobo.
No dia marcado era quente, mas chovia. Gabriele chegou no horário marcado, 20 minutos antes da hora costumeira dele retornar do trabalho. Despiu-se. Trocaram carícias, denunciando que havia muita química entre ambas. Ela deixou tudo pronto, inclusive Gabi cuidadosamente deitada sobre os lençóis tigrados.
O interfone tocou. Ela atendeu e o recebeu na porta com um longo beijo. Disse ter uma surpresa. Ele elogiou seu perfume e foi indo para o quarto, despindo a camiseta suada. Parou à porta perplexo com a visão da ruiva semi-nua sobre a cama. Olhou para trás, sorriu, aprovou!
Com um sorriso sacana nos lábios, ela se dirigiu ao quarto e pediu que ele sentasse e apreciasse a cena. Deitou-se ao lado de Gabi que, meio trêmula, disse um 'oi' meio sem graça, retribuído por ele com ênfase. O beijo deu a partida para a cena. Ambas estavam apenas de calcinha e sutiã que, aos poucos, foram jogados sobre ele. Rapidamente Gabi estava no meio das pernas dela, sugando e lambendo tudo que via pela frente, incluindo aquele belíssimo monte de vênus já interamente úmido.
O gozo veio rápido pela habilidade de Gabi e pelo olhar guloso dele que acompanhava a cena com uma paixão que ela só havia visto em seus olhos algumas poucas vezes. O volume da calça era evidente e ela sugeriu que ele se tocasse, já que não poderia tocar em nenhuma delas. Assim ele o fez, sem pronunciar palavra. Abriu o zíper da calça, baixou a cueca e começou uma masturbação lenta e firme, enquanto olhava sua doce namorada sendo devorada por outra.
Retribuindo aos três orgasmos que teve nas mãos e na língua de Gabi, ela provou que o hedonismo é o seu lema. Começou com um beijo ardente, desceu pelos seios, onde se deteve por vários minutos; lambeu a barriga e afastou suas pernas. A essa altura, ele não aguentava mais o tesão. Ela tinha certeza que ele queria pular nela. Porém, era proibido! Nesta noite, ela era da Gabriele e ele mero expectador / espectador... corno manso...
Quando Gabi deu o último suspiro do orgasmo, ele fechou os olhos e colocou a mão sobre seu membro, inundando as calças e a barriga de prazer.
Recompostos, tomaram um café, conversaram algumas bobagens e Gabi se foi, prometendo um novo encontro, agora só entre as duas. Mal ela bateu a porta, ele a agarrou, querendo lamber o que restou de ambas no corpo dela. Mas isso é assunto para um outro conto... Com a certeza que, mais cedo ou mais tarde, ele aceitará ver a mesma cena com um homem!
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Tá bom, eu conto! *
Não há nada de errado comigo. Nem certo. Sei lá, me acho uma mulher comum, apenas com uma pitadinha de ousadia a mais, sobretudo em bancar meus desejos e pensamentos. Vejo por aí, ao meu lado inclusive, pessoas que sonham, falam, apregoam e deliram. Mas fazer é muito pouco... Eu não. O que falo é o que faço e, se falo, é porque acho que muitas vezes o que falta é um incentivo, um 'empurrãozinho'... E como dizem que sou persuasiva, quem sabe meu 'empurrãozinho' não torne alguém mais feliz?
Pois então, um capítulo inusitado da minha vida foi um relacionamento com um gay. Sim, gay mesmo. Nada de bi; gay e ponto. Falo pouco sobre isso porque foi uma época de muitas dúvidas para mim. Fiz terapia e tudo para conseguir entender o que se passava comigo e com ele. O pouco tempo em que conseguimos ficar juntos, quase isolados do mundo, longe dos preconceitos alheios e dos nossos próprios, foram dias muito felizes.
A idéia foi a seguinte: ele sempre se entendeu como gay e eu como hetero, no máximo heteroflexível. Porém, aquele homem me chamou a atenção desde o primeiro dia em que pus meus olhos nele. Da mesmo forma, segundo ele, aconteceu quando me viu. Algo era estranho para mim, mas não o identificava com o meu radar infalível de 'bibas'. Um começou a puxar papo com o outro, descobrimos afinidades imediatas (inclusive o BDSM) e eu passei a ter mais gosto em ir para a aula. Passaram-se cerca de duas semanas e ele me convidou para almoçar. Era tudo o que eu queria...
Perguntou se eu me importava de pegarmos um lanche e comermos numa praia. Disse que não e até gostaria. Paramos num local muito bonito daqui chamado Praia das Bruxas. Não sei quem estava mais sem graça. Incrível como nessas horas a gente fica tímido e deixa toda e qualquer ousadia no fundo da bolsa. Uma mordida no sanduíche e uma olhada de canto de olho. Na metade do lanche ele parou, fechou a caixinha do McDonalds, respirou fundo (pude sentir o suspiro quase dentro de mim) e me encarou:
- Letícia, acho que tu já percebeu que eu sou gay, né? Quer dizer, sempre fui...
- Desconfiava sim (olhei um tanto assustada, parando de comer)
- Mas desde que eu te conheci, não consigo parar de pensar no teu jeito, teus olhos, as risadas que damos. E eu to bem preocupado com isso
- Por quê?
- Porque eu nem sei como é abordar uma mulher. A idéia é estranha e nunca me atraiu. Só que eu preciso tentar.
- Tentar?
- Sim, tentar...
Como um adolescente que suava frio, ele se aproximou de mim, segurou meu rosto e me beijou. Confesso que foi um dos beijos mais emocionantes da minha vida, não pela paixão, mas pelo inusitado de um sentimento recíproco que 'cavava' lugar onde teoricamente não poderia existir.
- Será que tu topa tentar namorar um cara confuso com a própria orientação sexual, mas que não consegue te tirar da cabeça?
- (pensei uns segundos) Sim, vamos tentar. Afinal, tenho que fazer jus ao meu lema de vida - de me arrepender apenas do que fiz.
A partir dalí, gente, foi um dos melhores namorados que tive. Muito carinhoso, divertido, original. Sexo maravilhoso e intenso. Nada era muito comum. Até romântico ele conseguiu ser. Tudo foi eterno enquanto durou e começamos a disputar os bofes nas praias, cinema, barzinhos... Não banquei. Dei um ponto final. Ainda nos enrolamos um tanto e ele acabou voltando para o ex-namorado. Porém, até hoje nos falamos. Tenho um grande carinho por ele e sei que é recíproco. Hoje acordei estranha e o encontrei no msn. Bateu a saudade e resolvi homenageá-lo aqui no meu cantinho. Apesar dos pesares, agradeço a tua passagem pela minha vida, consciente de que tudo transcende essa existência e talvez na próxima a gente entenda qual a nossa missão!
Grande beijo, meu querido
* Ai, foi tão bom conseguir contar essa história sem aperto no peito. Desabafo, redenção, superação! Hoje me sinto curada, olho pra trás e gosto das cenas que povoam minha mente quando me lembro dele...
Pois então, um capítulo inusitado da minha vida foi um relacionamento com um gay. Sim, gay mesmo. Nada de bi; gay e ponto. Falo pouco sobre isso porque foi uma época de muitas dúvidas para mim. Fiz terapia e tudo para conseguir entender o que se passava comigo e com ele. O pouco tempo em que conseguimos ficar juntos, quase isolados do mundo, longe dos preconceitos alheios e dos nossos próprios, foram dias muito felizes.
A idéia foi a seguinte: ele sempre se entendeu como gay e eu como hetero, no máximo heteroflexível. Porém, aquele homem me chamou a atenção desde o primeiro dia em que pus meus olhos nele. Da mesmo forma, segundo ele, aconteceu quando me viu. Algo era estranho para mim, mas não o identificava com o meu radar infalível de 'bibas'. Um começou a puxar papo com o outro, descobrimos afinidades imediatas (inclusive o BDSM) e eu passei a ter mais gosto em ir para a aula. Passaram-se cerca de duas semanas e ele me convidou para almoçar. Era tudo o que eu queria...
Perguntou se eu me importava de pegarmos um lanche e comermos numa praia. Disse que não e até gostaria. Paramos num local muito bonito daqui chamado Praia das Bruxas. Não sei quem estava mais sem graça. Incrível como nessas horas a gente fica tímido e deixa toda e qualquer ousadia no fundo da bolsa. Uma mordida no sanduíche e uma olhada de canto de olho. Na metade do lanche ele parou, fechou a caixinha do McDonalds, respirou fundo (pude sentir o suspiro quase dentro de mim) e me encarou:
- Letícia, acho que tu já percebeu que eu sou gay, né? Quer dizer, sempre fui...
- Desconfiava sim (olhei um tanto assustada, parando de comer)
- Mas desde que eu te conheci, não consigo parar de pensar no teu jeito, teus olhos, as risadas que damos. E eu to bem preocupado com isso
- Por quê?
- Porque eu nem sei como é abordar uma mulher. A idéia é estranha e nunca me atraiu. Só que eu preciso tentar.
- Tentar?
- Sim, tentar...
Como um adolescente que suava frio, ele se aproximou de mim, segurou meu rosto e me beijou. Confesso que foi um dos beijos mais emocionantes da minha vida, não pela paixão, mas pelo inusitado de um sentimento recíproco que 'cavava' lugar onde teoricamente não poderia existir.
- Será que tu topa tentar namorar um cara confuso com a própria orientação sexual, mas que não consegue te tirar da cabeça?
- (pensei uns segundos) Sim, vamos tentar. Afinal, tenho que fazer jus ao meu lema de vida - de me arrepender apenas do que fiz.
A partir dalí, gente, foi um dos melhores namorados que tive. Muito carinhoso, divertido, original. Sexo maravilhoso e intenso. Nada era muito comum. Até romântico ele conseguiu ser. Tudo foi eterno enquanto durou e começamos a disputar os bofes nas praias, cinema, barzinhos... Não banquei. Dei um ponto final. Ainda nos enrolamos um tanto e ele acabou voltando para o ex-namorado. Porém, até hoje nos falamos. Tenho um grande carinho por ele e sei que é recíproco. Hoje acordei estranha e o encontrei no msn. Bateu a saudade e resolvi homenageá-lo aqui no meu cantinho. Apesar dos pesares, agradeço a tua passagem pela minha vida, consciente de que tudo transcende essa existência e talvez na próxima a gente entenda qual a nossa missão!
Grande beijo, meu querido
* Ai, foi tão bom conseguir contar essa história sem aperto no peito. Desabafo, redenção, superação! Hoje me sinto curada, olho pra trás e gosto das cenas que povoam minha mente quando me lembro dele...
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Dodói
Desculpem pela demora, mas realmente não estava acessando sequer meus e-mails.
Só pra dar uma satisfsção que a dona deste blog está dodói, mas se cuidando muito para em breve postar seus sonhos, aventuras e devaneios...
Saudades!
Só pra dar uma satisfsção que a dona deste blog está dodói, mas se cuidando muito para em breve postar seus sonhos, aventuras e devaneios...
Saudades!
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Casa de campo
Era tarde na casa de campo. A maioria dos convidados já havia se recolhido. Ficamos apenas eu, ele e ela. Ela parecia distraída limpando o resto de sujeira que restou do jantar. Zelosa, quis conferir pessoalmente o trabalho das empregadas e do caseiro. Cabelos presos de forma displicente, blusa regata justa ao corpo esguio, short jeans, sandália e um colar de contas com algumas pedras.
Ele, parado, observava a lua hipnotizado. Cabelo soltos, roupa folgada, descalço. Nada parecia aborrecê-lo.
Eu estava tensa. Queria dormir, mas algo me consumia as entranhas. Um fogo libidinoso que me provocava a ser desleal com a dona da casa, assediando o distraído rapaz.
Era uma noite macabra, pelo menos para mim. A sombra que o corpo dele projetava na varanda me incendiava a libido. Me aproximei, contemplei, fiz silêncio, o encarei e senti uma reciprocidade que não poderia ser traduzida em palavras. Ambos olhávamos na mesma direção. Queríamos o mesmo.
Absorta na sua fiscalização doméstica, ela nem percebeu nossa presença. De onde estava, ainda mais sem óculos, no máximo nos confundiria com duas grossas colunas da extensa varanda.
Sem proferir palavra, ele me beijou. Sem pensar em egoísmos, retribuí. Aos poucos ele me arrastou para a parte de trás da varanda, onde os convidados não nos ouviriam, a menos que algum estivesse perdido no escuro do hall de entrada.
Ele me colocou sentada na soleira da varanda. Eu estava com um vestido longo, porém fácil de manipular. Ele vestia uma bermuda com elástico e foi bem fácil deixar tudo livre para um pequeno e intenso trecho de êxtase num dia de festa. Ambos agarrados nos cabelos do outro, beijos e mordidas, estocadas rápidas e constantes, gozo frenético, tremores de volúpia que perpetuaram a rapidez do momento. Meu corpo era só espasmo; o dele só satisfação.
Compostura.
- Amor? Cadê você? Me ajude a levar os pratos maiores para a cozinha da casa?
- aham... só um minuto... to chegando (com o humor habitual e dissimulado nas palavras)
Algo me encanta na dissimulação, talvez por ser um aspecto tão diferente da minha natureza e uma competência tão perigosa e útil. Eu me joguei na rede, como se estivesse a adormecer. E, sim, haveria de ser parceira na dissimulação proposta pelo meu hostel.
Francamente? Há coisas que não tem explicação...
Ele, parado, observava a lua hipnotizado. Cabelo soltos, roupa folgada, descalço. Nada parecia aborrecê-lo.
Eu estava tensa. Queria dormir, mas algo me consumia as entranhas. Um fogo libidinoso que me provocava a ser desleal com a dona da casa, assediando o distraído rapaz.
Era uma noite macabra, pelo menos para mim. A sombra que o corpo dele projetava na varanda me incendiava a libido. Me aproximei, contemplei, fiz silêncio, o encarei e senti uma reciprocidade que não poderia ser traduzida em palavras. Ambos olhávamos na mesma direção. Queríamos o mesmo.
Absorta na sua fiscalização doméstica, ela nem percebeu nossa presença. De onde estava, ainda mais sem óculos, no máximo nos confundiria com duas grossas colunas da extensa varanda.
Sem proferir palavra, ele me beijou. Sem pensar em egoísmos, retribuí. Aos poucos ele me arrastou para a parte de trás da varanda, onde os convidados não nos ouviriam, a menos que algum estivesse perdido no escuro do hall de entrada.
Ele me colocou sentada na soleira da varanda. Eu estava com um vestido longo, porém fácil de manipular. Ele vestia uma bermuda com elástico e foi bem fácil deixar tudo livre para um pequeno e intenso trecho de êxtase num dia de festa. Ambos agarrados nos cabelos do outro, beijos e mordidas, estocadas rápidas e constantes, gozo frenético, tremores de volúpia que perpetuaram a rapidez do momento. Meu corpo era só espasmo; o dele só satisfação.
Compostura.
- Amor? Cadê você? Me ajude a levar os pratos maiores para a cozinha da casa?
- aham... só um minuto... to chegando (com o humor habitual e dissimulado nas palavras)
Algo me encanta na dissimulação, talvez por ser um aspecto tão diferente da minha natureza e uma competência tão perigosa e útil. Eu me joguei na rede, como se estivesse a adormecer. E, sim, haveria de ser parceira na dissimulação proposta pelo meu hostel.
Francamente? Há coisas que não tem explicação...
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Rapidinha
De lá pra cá são mais ou menos 30 km pela SC-401, estrada com alguns trechos duplicados e outros que são um desafio ao olho humano durante à noite e/ou quando chove. Sim, essa é a Florianópolis real, sem desmerecer essa Ilha maravilhosa que amo.
Mas tenho feito esse caminho todos os dias, praticamente, levando e buscando meu querido Chatinho até que o carro dele saia da loja. Hoje, no percurso de ida, conversávamos sobre libido e cheiros que despertam desejos. Ao contrário de quase todas as manhãs, tínhamos alguns minutos de sobra porque saímos antes de casa. Dia nublado, bastante chuva e, às 6h da manhã, quase nenhum movimento. Pois há um longo trecho da SC-401 praticamente deserto, onde só existe mato e asfalto. Creio que falamos tanta bobagem que a tal libido tomou conta. Alguns segundos de silêncio e ele me surpreendeu:
- Pára o carro.
- Parar aonde, honey?
- Pára no acostamento.
Como a ordem foi acompanhada de uma bela metida de mão por baixo do meu vestido, me tornei a mais submissa das mulheres. Mal parei o carro e ele já estava me engolindo com seus beijos e aquela delícia de mão que sabe me pegar como ninguém.
O clima estava ótimo. Os vidros rapidamente embassaram. Ele recuou o banco e eu subi nas coxas dele, erguendo a roupa que parece ter sido escolhida propositalmente (hum, preciso usar mais vestidos curtos...). Já estava todo arrumadinho e cheiroso para entrar na aula e eu o dessarrumei abruptamente. Não há como resistir àquele cheiro que meu nariz reconheceu como familiar desde a primeira noite.
Agimos rápido, como dois experientes devassos. Não demorou 5 minutos toda aquela volúpia, mas foi o suficiente para impregná-lo do meu cheiro pelo dia todo! Excelente dia eu tive...
Mas tenho feito esse caminho todos os dias, praticamente, levando e buscando meu querido Chatinho até que o carro dele saia da loja. Hoje, no percurso de ida, conversávamos sobre libido e cheiros que despertam desejos. Ao contrário de quase todas as manhãs, tínhamos alguns minutos de sobra porque saímos antes de casa. Dia nublado, bastante chuva e, às 6h da manhã, quase nenhum movimento. Pois há um longo trecho da SC-401 praticamente deserto, onde só existe mato e asfalto. Creio que falamos tanta bobagem que a tal libido tomou conta. Alguns segundos de silêncio e ele me surpreendeu:
- Pára o carro.
- Parar aonde, honey?
- Pára no acostamento.
Como a ordem foi acompanhada de uma bela metida de mão por baixo do meu vestido, me tornei a mais submissa das mulheres. Mal parei o carro e ele já estava me engolindo com seus beijos e aquela delícia de mão que sabe me pegar como ninguém.
O clima estava ótimo. Os vidros rapidamente embassaram. Ele recuou o banco e eu subi nas coxas dele, erguendo a roupa que parece ter sido escolhida propositalmente (hum, preciso usar mais vestidos curtos...). Já estava todo arrumadinho e cheiroso para entrar na aula e eu o dessarrumei abruptamente. Não há como resistir àquele cheiro que meu nariz reconheceu como familiar desde a primeira noite.
Agimos rápido, como dois experientes devassos. Não demorou 5 minutos toda aquela volúpia, mas foi o suficiente para impregná-lo do meu cheiro pelo dia todo! Excelente dia eu tive...
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Janela indiscreta
Quando cheguei a Florianópolis, em 2007, morei num condomínio novo, desses projetos múltiplos tão comuns agora na Ilha. Duas torres e muita diversão. Uma inusitada eu descobri em algumas semanas... Havia um casal que gostava de exibir suas noites apimentadas nas janelas do seu apartamento. Devido à arquitetura do imóvel, ninguém conseguia detectar exatamente de que andar vinham os gemidos, mas a cada semana eles ficavam mais 'criativos' e intensos.
Eu me divertia com o prazer alheio, mas os puritanos de plantão reclamavam. Era começar a sessão de sexo e os interfones disparavam a tocar. Do 9° andar eu podia contemplar o coitado do porteiro dando voltas e voltas nas torres tentando achar os libertinos, sem sucesso. Na minha fantasia, eles se escondiam todas as vezes que alguém pudesse descobri-los cruamente. Uma vez até a polícia chamaram e, claro, nada pôde fazer!
Pois contei essa fábula da vida real ao meu digníssimo titular da vaga cardíaca atual. Coincidentemente ele mora no mesmo bairro onde vivi meu primeiro ano na capital catarinense. Da janela da sua sala é possível avistar as duas torres do condomínio onde o tórrido casal animou muitas das minhas noites. Ele mora no 5° andar e atrás do prédio há algumas casas com quintais visíveis, numa comunhão forçada de intimidades. O morrinho acentua essa 'invasão' imobiliária; já pude ver a vizinha trocando de roupa para entrar na piscina, já presenciei a moça atravessando a cozinha apenas de calcinha, assim como eles devem ter me visto fumando um cigarro, só de sutiã, escorada no parapeito da janela.
Não contente com essa intimidade, excitado com a minha história, veio da cozinha, onde preparava nosso jantar. Me abraçou longamente pelas costas. O vento batia de leve nos meus cabelos e senti 'alguém' animado. Delícia de sensação de desejo! Perguntei se o jantar estava pronto.
- Quase.
- Falta muito?
- Falta eu te comer
Silêncio e sorriso maroto.
- Como assim?
- Tu me deixou de pau duro com aquela história dos teus ex-vizinhos e eu quero o mesmo. Vamos divertir o prédio um pouco.
Quem se faria de rogada com uma proposta tão deliciosamente indecente? Eu? Jamé...
Me pus de costas de novo. Lentamente ele abaixou a minha calcinha, beijando e mordiscando as minhas costas. Afastei as pernas de leve, com a devida pressão que sentia na minha bunda. Sentindo que estava mais do que molhada, de uma vez só ele deu a primeira estocada. As duas mãos se apoiavam nos meus seios e eu não tinha outra alternativa senão segurar o parapeito da janela e gemer.
Não consigo fazer sexo sem gemer, ainda que baixinho. E era um momento de fetiche extremo, então nem me controlei. Em poucos minutos já havia alguns vizinhos das casas de trás observando a cena extasiados. Imagino que eles viam minha cara de satisfação, ouviam meus gemidos e apreciavam o balançar do meu corpo, ora suave, ora agressivo contra a janela. Embora não fosse possível que os espectadores vissem também meu amor me comendo, sabiam que havia alguém comigo pelos barulhos e porque ninguém poderia fingir daquela forma. A máxima do voyerismo...
O gozo veio simultâneo e intenso. Nos jogamos no tapete da sala e rimos, satisfeitos, exaustos, plenos de prazer.
Eu me divertia com o prazer alheio, mas os puritanos de plantão reclamavam. Era começar a sessão de sexo e os interfones disparavam a tocar. Do 9° andar eu podia contemplar o coitado do porteiro dando voltas e voltas nas torres tentando achar os libertinos, sem sucesso. Na minha fantasia, eles se escondiam todas as vezes que alguém pudesse descobri-los cruamente. Uma vez até a polícia chamaram e, claro, nada pôde fazer!
Pois contei essa fábula da vida real ao meu digníssimo titular da vaga cardíaca atual. Coincidentemente ele mora no mesmo bairro onde vivi meu primeiro ano na capital catarinense. Da janela da sua sala é possível avistar as duas torres do condomínio onde o tórrido casal animou muitas das minhas noites. Ele mora no 5° andar e atrás do prédio há algumas casas com quintais visíveis, numa comunhão forçada de intimidades. O morrinho acentua essa 'invasão' imobiliária; já pude ver a vizinha trocando de roupa para entrar na piscina, já presenciei a moça atravessando a cozinha apenas de calcinha, assim como eles devem ter me visto fumando um cigarro, só de sutiã, escorada no parapeito da janela.
Não contente com essa intimidade, excitado com a minha história, veio da cozinha, onde preparava nosso jantar. Me abraçou longamente pelas costas. O vento batia de leve nos meus cabelos e senti 'alguém' animado. Delícia de sensação de desejo! Perguntei se o jantar estava pronto.
- Quase.
- Falta muito?
- Falta eu te comer
Silêncio e sorriso maroto.
- Como assim?
- Tu me deixou de pau duro com aquela história dos teus ex-vizinhos e eu quero o mesmo. Vamos divertir o prédio um pouco.
Quem se faria de rogada com uma proposta tão deliciosamente indecente? Eu? Jamé...
Me pus de costas de novo. Lentamente ele abaixou a minha calcinha, beijando e mordiscando as minhas costas. Afastei as pernas de leve, com a devida pressão que sentia na minha bunda. Sentindo que estava mais do que molhada, de uma vez só ele deu a primeira estocada. As duas mãos se apoiavam nos meus seios e eu não tinha outra alternativa senão segurar o parapeito da janela e gemer.
Não consigo fazer sexo sem gemer, ainda que baixinho. E era um momento de fetiche extremo, então nem me controlei. Em poucos minutos já havia alguns vizinhos das casas de trás observando a cena extasiados. Imagino que eles viam minha cara de satisfação, ouviam meus gemidos e apreciavam o balançar do meu corpo, ora suave, ora agressivo contra a janela. Embora não fosse possível que os espectadores vissem também meu amor me comendo, sabiam que havia alguém comigo pelos barulhos e porque ninguém poderia fingir daquela forma. A máxima do voyerismo...
O gozo veio simultâneo e intenso. Nos jogamos no tapete da sala e rimos, satisfeitos, exaustos, plenos de prazer.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
O prazer da inversão
Eis um dos mais polêmicos fetiches: a inversão. Mexe com as fantasias masculinas e femininas, independente da orientação sexual. Pira a cabeça dos machões de plantão, que não conseguem compreender como um homem “de verdade” sentiria prazer fazendo papel de “maricas”. Em contrapartida, muitos dos que já experimentaram lutam contra seus próprios preconceitos para se auto-convenceram de que não são viados.
Well, meus queridos, falarei da minha própria experiência – que não é modesta...
Mais de 90% dos homens com quem pratiquei a inversão são heterossexuais. Dos outros 10%, a maioria tem tendências bissexuais e uma porcentagem reduzidíssima é de fato gay! E por que o gay não curte inversão? Porque o que o atrai é o cheiro, a pele e a “pegada” masculina. Uma mulher que pratica inversão, por mais poderosa e/ou agressiva que seja, será sempre uma mulher, com cheiro, hábitos, pele e formas suaves. Logo, meus caros, livrem-se do fantasma da ‘boiolice’ ao pensarem nos seus desejos. Com todo respeito aos meus queridos amigos homossexuais, inversão é coisa pra macho!
Um dado que corrobora minha experiência é que frequentemente rola sexo convencional após a inversão. O homem fica mais excitado e quer devolver o prazer à mulher com a penetração. E mesmo na hora em que está sendo 'comido', ele curte o toque dos seios, dos cabelos e o perfume da mulher que o penetra.
Algumas pessoas riem de mim quando digo que é preciso ser muito homem para dar o cu. É verdade, gente! Assim como é preciso ser muito homem para namorar uma garota fora dos padrões e sair com ela de mãos dadas no shopping, ou assumir qualquer comportamento socialmente questionável, que vá contra os parâmetros aceitos por gentinha medíocre. Assumir o que se é, o que se gosta e como gosta é, infelizmente, privilégio de poucos. Admiro os homens que praticam a inversão porque vejo neles um rompimento de barreiras em nome do prazer.
Outro dado importante a ser ressaltado aos que se questionam e fantasiam sobre o tema é que ABSOLUTAMENTE TODOS OS HOMENS SENTEM PRAZER ANAL. Sim, podem me xingar, mais eis uma verdade fisiologicamente definitiva. Algumas mulheres também sentem prazer anal, mas muito mais pelas sensações psicológicas do ato do que na fisiologia do corpo humano. Já os homens possuem próstata que, quando estimulada, intensifica o prazer de forma considerável.
Alguns conselhos que posso dar aos homens que se permitirem experimentar é:
1. Procurar uma mulher que realmente goste de inversão, que sinta prazer em dar prazer ao seu homem e se sinta poderosa com o ato. Esta mulher não precisa ser uma dominatrix; pode ser sua própria esposa ou namorada. Basta que ela descubra a sensação de dominar a cena eventualmente no ato sexual.
2. Jamais force sua namorada ou esposa a fazer isso. Além de correr o risco de se machucar, porque ela pode fazer com raiva e trata-se de uma região delicada, você certamente causará um trauma sexual nela. Nem todas as mulheres curtem esse fetiche. Aliás, esse número ainda é reduzido. Estimo pelo que leio e vivo, que para 100 homens que curtem inversão, temos uma mulher que realmente goste da prática. Portanto, converse com sua parceira, tenha paciência com as possíveis barreiras que ela oferecer e saiba respeitar os gostos dela. Caso veja que realmente com ela não rolará, seja franco quanto à sua curiosidade e deixe claro que tentará uma sessão com uma domme ou outra moça que curta o fetiche.
3. Use bastante lubrificante e equipamentos adequados. O tradicional strap-ons ou ‘cinta-caralha’ apresenta muitos formatos, tamanhos e materiais. Sua parceira precisa estar confortável com o modelo. Sabemos que as sexshops nem sempre permitem que se prove o artefato, mas é prudente que o faça sempre que possível. Da mesma forma, cuidado com a escolha do dildo que deve ser preferencialmente de silicone, com uma anatomia que se adapte ao seu formato de prazer. Há homens que toleram dildos mais grossos, texturizados e mais longos, e há outros que prefiram tamanhos e grossuras mais modestas, assim como é com as mulheres e suas anatomias vaginais e anais. Como o objetivo é o prazer, vale testar vários tipos, até porque dildos não costumam ser muito caros e achar um que encaixe direitinho realmente vale a pena. Existe ainda a opção de strap-ons com duas aberturas, onde a mulher pode cololocar um plug que a penetre enquanto faz a inversão. Eu aprovei!
4. Se realmente optar por uma dominatrix, procure uma que tenha certa experiência na prática, além de acordar com ela o que será feito durante a sessão. Tenho algumas amigas que curtem, mas não fazem apenas isso; querem outras práticas associadas. Portanto, a menos que você também seja masoquista e/ou submisso, converse bem sobre os termos do encontro de vocês, seja ela profissional (que cobra para isso) ou não.
5. Se permita novos prazeres. Relaxe e curta a nova sensação. No começo sempre dói um pouco, mas depois eu garanto que será prazeroso. Fale sobre os possíveis desconfortos e posições e tudo fluirá a contento. Seja feliz e goze muito!
Enfim, meus queridos, espero ter contribuído para que mais e mais homens e mulheres encontrem as fontes de prazer que a inversão proporciona.
Um beijo
LV
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
sábado, 2 de janeiro de 2010
Renovação
Todo ano a gente se despede de um ciclo e comemora outro. Bobagem ou não, é um momento em que todas as energias do planeta estão voltadas para a RENOVAÇÃO. Quem não quer ser feliz? Todos queremos saúde, amor, paz, prosperidade, sucesso, alegrias...
Então, meus queridos que acompanham o Confissões de uma Mistress e aos que virão certamente, aproveito esse post para agradecer a todos vocês que por aqui passaram, comentaram, concordaram, discordaram e acompanharam meus prazeres, meus delírios, minhas tristezas, meus sonhos e minhas realizações. E, claro, desejo que cada um de vocês encontre o seu caminho de felicidade, tendo suas necessidades supridas por Aquele que, não importa o nome, sabe muito mais do que nós do que precisamos e na hora que precisamos.
Que 2010 seja um ano em que possamos nos abrir às energias do Criador e ao merecimento do que de fato é nosso. Ah, não posso esquecer de agradecer duas coisas muito especiais: ter conhecido meu Monstrinho e o meu Chatinho... Um encheu meus dias de 2009 com alegrias, apoio, prazer, diversão, compreensão e lucidez; o outro chegou no finzinho, mas me trouxe um viço que há tempos não tinha, uma nova maneira de acreditar no amor.
Ao primeiro, desejo que conquiste seus objetivos e tenha o retorno de toda sua alegria, brilhantismo, carinho, preocupação, generosidade e criatividade. Ao segundo, desejo plenitude, paz, ordem nas idéias, sossego nos tormentos e que seja muito amado (por mim, claro...), experimentando um carinho e uma dedicação que talvez nunca tenha provado; que reconheça o bom da vida e consiga se desligar do que não presta, vivendo o hoje, planejando e trabalhando pelo amanhã!
A todos vocês o meu obrigado e meus votos de um 2010 tudibão...
Beijos da Vulgata
Então, meus queridos que acompanham o Confissões de uma Mistress e aos que virão certamente, aproveito esse post para agradecer a todos vocês que por aqui passaram, comentaram, concordaram, discordaram e acompanharam meus prazeres, meus delírios, minhas tristezas, meus sonhos e minhas realizações. E, claro, desejo que cada um de vocês encontre o seu caminho de felicidade, tendo suas necessidades supridas por Aquele que, não importa o nome, sabe muito mais do que nós do que precisamos e na hora que precisamos.
Que 2010 seja um ano em que possamos nos abrir às energias do Criador e ao merecimento do que de fato é nosso. Ah, não posso esquecer de agradecer duas coisas muito especiais: ter conhecido meu Monstrinho e o meu Chatinho... Um encheu meus dias de 2009 com alegrias, apoio, prazer, diversão, compreensão e lucidez; o outro chegou no finzinho, mas me trouxe um viço que há tempos não tinha, uma nova maneira de acreditar no amor.
Ao primeiro, desejo que conquiste seus objetivos e tenha o retorno de toda sua alegria, brilhantismo, carinho, preocupação, generosidade e criatividade. Ao segundo, desejo plenitude, paz, ordem nas idéias, sossego nos tormentos e que seja muito amado (por mim, claro...), experimentando um carinho e uma dedicação que talvez nunca tenha provado; que reconheça o bom da vida e consiga se desligar do que não presta, vivendo o hoje, planejando e trabalhando pelo amanhã!
A todos vocês o meu obrigado e meus votos de um 2010 tudibão...
Beijos da Vulgata
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