quarta-feira, 29 de julho de 2009

Ser ou não ser?


Ontem mais uma vez me perdi nos questionamentos após o ato e o cigarro. A costura do edredon ficou mais evidente, assim como os contornos da barba dele e a brasa que queimava na penumbra.

Ser domme é muitas vezes renunciar aos anseios da mulher. Quantas vezes eu quis apenas deitar e sentir um corpo pesando sobre o meu, sem a preocupação de comandar a cena. Ou adormecer com alguém ao lado sem a paranóia de estar agradando ou não.

Pois foi nos braços de um menino estranho que eu consegui essa leveza após longos meses de renúncia de mim mesma; da renúncia da mulher pela personagem. E cá não estou dizendo que é um sacrifício ser a Mistress ou que não me alimente da vaidade dela. Tampouco estou reclamando da imensa sorte que a vida me sorri quase todos os dias também no campo afetivo / sexual. Mas às vezes é tão bom ser leve, ser uma mulher simples, que quer um orgasmo comum numa foda comum com um papo comum, longe de elucubrações, teorias e pesos que não me pertencem (ou não, diria Dudu). Longe dos chicotes, das vendas, das velas, das roupinhas sexys. Apenas corpos nus, imperfeitos, excitados pela água quente correndo pelo corpo em meio à espuma do sabonete.

Aliás, venhamos e convenhamos, como é bom fazer sexo no chuveiro!!!

Não sei se ainda verei o menino, mas ele com certeza aliviou meus ombros e colocou um sorriso mais maroto nos lábios maliciosos da menina que ainda habita em mim. Lembrou-me o quanto é bom ser simples!

Um comentário:

  1. Cara Lady,
    Como sempre, outro post agradável e sincero.
    A sombra da funaça do cigarro me trás alguns pensamentos efêmeros algumas vezes e chego a me questionar.
    Creio que, mesmo sendo fetichista por ocasião, o que empata às vezes é a tal mania de agradar. Aí você bateu duro, no tendão de aquiles.
    Mas, deixando as dúvidas de lado, sou claro, sincero e atrevido quando sentencio:
    sexo é bom pra caralho!
    No chuveiro, na banheira e com ou sem fetiches.
    Nota 10, de novo!

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