Cerveja, fim de noite, companhia dos amigos, uma sobremesa com chocolate bem melecado, lambuzado.
O combinado com um dos amigos havia sido feito ainda no início da semana. Há tempos não tomávamos uma; muitos devaneios a compartilhar.
Junto com ele, um estranho, quase bizarro, com o corpo todo tatuado, olhar profundo, grandes lábios, atitude provocativa de todos os nascidos sob o primeiro signo do zodíaco, misturada a uma quase enternecedora timidez.
Simpáticos e receptivos como sempre, acolhemos a nova "figura" com bom humor e a tradicional pitada de malícia que faz de mim e do Cosmo a dupla preferida de conversas pervertidas da Trindade.
Eu era apenas eu, uma mulher despachada, mas na minha minha. Comum até certo ponto. Nada de Lady Vulgata, por enquanto. Até que uma saída de 20 minutos revelou a minha identidade.
Ao voltar, notei que os olhares da mesa mudaram. Fui acompanhada no balançar das cadeiras até novamente me sentar. Um tanto tímida, notei a proposta no olhar de Cosmo (o delator). Ok, agora o estranho sabia da minha identidade secreta. Que fazer? Nada que me exigisse. Apenas fazer jus a personagem que tanto prazer me traz.
Cavou toda a ousadia que existia dentro do seu ser e se convidou para tomar mais uma cerveja na minha casa. Aceitei. Sabia que, antes de mais nada, estava curioso para saber mais dos seus próprios limites.
Estava cansada, confesso, porém preferi confiar na minha intuição e no faro de Cosmo - sempre excelente olho para perversões e conselheiro de boas trepadas. Não me arrependi. Pelo contrário, me surpreendi!
As únicas coisa da Lady que ele obteve, além de cordas num bondage simples, vendas e umas leves batidas de chicote vermelho, foi o olhar autoritário e a lascívia dominatrix. Em todo o resto, fui eu mesma, na essência de mulher voraz.
Me pegou de todas as formas, me virou, me penetrou todos os orifícios possíveis, me abraçou, me possuiu, se entregou, se abriu ao meu mundo naquele instante infinito. Um maravilhoso e invejável instrumento ele tem, é verdade, mas a atitude é sempre o que decide nessas horas. E uma boa pegada, qual mulher não gosta???
- Entendo um pouco de nós. Fui marinheiro
- É? Então se solte, vendado, e venha me comer...
Desmanchou parte dos nós com os dentes e o resto com a tal habilidade de marinheiro, conhecedor de nós!
Com toda autoridade que lhe concede a influência do signo, examinou meu peircing e as tatuagens. Olhou muito da minha intimidade e partilhou da maior delas: o sono! Pouco, mas suficiente para nos dar forças para a dança da manhã, equivalente a muitas cestas de chocolate!
Os desenhos do corpo do delicioso estranho ficaram, em parte, tatuados nos meus lençóis...
Ufa! Haja folêgo pra ler essas coisas, dá pra pensar o quanto essa vida compensa...
ResponderExcluirEmbora continue achando as marcas das cordas como a melhor das tatuagens, quando bem feitas e bem postas são um "q" a mais.
Tirando o chicotinho vermelho o resto é a melhor coisa da vida.
Beijos
Enfim.. o Cosomo(s) sempre conspira a fovor!!!
ResponderExcluirkkk
Fico um tanto quanto lisonjeada a ler tal relato. E ainda mais curiosa. O quão bonita a maneira que tu descreves as coisas, e o quanto prazer (ao invés de ciúmes, que pensei que sentiria) me dás ao ver-te falar de meu menino. Ele cresceu, mas a sua essência permanece. Obrigada por me proporcionar conversas tão edificantes, quero muito te conhecer. Thiara
ResponderExcluirOlá
ResponderExcluirQue legal essa interação.
Estou disponível para conversar. Meu e-mail está no perfil e os demais contatos ele sabe...rs
Beijos