quarta-feira, 1 de julho de 2009

Fábula do hedonismo - a Rainha da luxúria e seu súdito voluptuoso


Num reino muito distante, exatos 314 km, vivia uma Rainha muito generosa, mas um tanto sádica. Tinha gosto por chicotes, clamps, plugs, cordas, strap-ons e outros acessórios poucos convencionais, sobretudo para uma majestade. Muitos bravos cavaleiros já haviam tentado desposá-la, porém ela era conhecida por seu temperamento excêntrico e exigente. Além do gosto distinto, as más (ou boas) línguas espalhavam sua fama de habilidosa nas artes da felação.

A Rainha vivia com seus súditos e muitos amigos, aos quais concedera regalias e honras de nobreza. Era feliz, voraz e sacana, com toda liberdade que uma Rainha tem em ser o que bem entende.

Um dia, um amável forasteiro de longos cabelos escuros, olhos de um verde de matizes invulgares, apareceu nas redondezas daquele reino. Talentoso, encantava às moças do povoado com suas músicas, suas estórias e sua beleza. Carregava consigo a habilidade de divertir, inventar e improvisar. Em pouco tempo, muitas senhoritas do reino da Rainha sádica e generosa já estavam caídas de amor pelo forasteiro. Ele, numa busca errante, embora sempre sorrindo, sentia uma parte do seu coração vazio, como se um incansável vento minuano o atormentasse nas noites de inverno ou como quando a lua brindava Hades com sua ausência. Precisava de calor, do novo e do inusitado. Não sabia bem ao certo porque havia parado naquelas terras, mas algo o atraía para lá.

A Rainha há alguns dias se sentia sedenta por algo novo e mandou, quase que por engano, convocar alguns plebeus para um novo baile. Numa de suas saídas matutinas, cruzou com o forasteiro e, confundindo-o com um nobre poeta da corte, convidou-o para o baile pessoalmente. O forasteiro, encantado com o verde esmeralda dos olhos da Rainha e os cabelos mais rubros que já havia contemplado, sentiu um perfume odor di faemina invadir seu corpo e sua mente. Era um cheiro forte, delicioso, provocador... Precisava ter aquela mulher.

Era dispensável que questionasse quem era porque todos se curvavam quando Ela passava. Mesmo assim ele quis confirmar quem era a dona do perfume mais inebriante que seu nariz havia provado.

- Ora, pois, senhor. Estás tolo? Cá passou a dona de tudo que teus olhos podem contemplar. É a Rainha de tudo e todos nós.

Seus pensamentos voaram. Era um tanto pedante e não enxergava obstáculos para seus quereres.

O dia do baile chegou. O forasteiro pediu emprestadas algumas roupas do verdureiro que o hospedava. Embora as duas filhas do gentil senhor estivessem perdidas de amor pelo rapaz, ele havia observado como a Rainha o fitou com aquele olhar dominatrix que todos no Reino conheciam e admiravam. Resolveu não atrapalhar o caminho da majestade. Não seria prudente...

Os longos e lisos cabelos do rapaz por si só eram um belo adorno. Ao entrar no palácio real, o forasteiro foi recebido com aquele olhar misterioso e impositivo que fazia da Rainha uma majestade sem armas. Lentamente ela se aproximou do belo estranho, pegou na sua mão com força. Ele, sem saber bem como reagir, beijou a mão da Rainha, curvando o corpo ligeiramente em respeito à Sua Majestade. Ela deu as costas, ordenando que a acompanhasse. Como dos seus diversos talentos, não era a dança o seu forte, se esmerou em fazer os passos mais básicos e perder-se nos olhos dela, tentando encontrar alguma utilidade no momento em que sentia seu ser escravizado.

A Rainha, impetuosa, deu vazão à sua luxúria e arrastou o forasteiro para seus aposentos, desafiando todas as regras de boa anfitriã, que sempre procurava manter com maestria.

Abriu a porta delicada e firmemente. Sem ao menos perguntar o nome do moço a quem desejava ter em sua cama, foi logo dizendo:

- Há uma regra neste reino que diz que todo e qualquer homem desejado pela Rainha, entrando em seus aposentos reais, se for pego com uma única peça de roupa, será condenado a perder o que Deus lhe concedeu como objeto de prazer e está exatamente entre o meio de suas pernas, abaixo do ventre e acima do joelho. Pretende ser punido?
- Majestade, Magnífica Rainha, se puder ser complacente com seu súdito e me der a chance de cumprir suas ordens, prometo e juro pela minha honra que em três minutos estarei conforme desejar.

Ao lado da cama estava um pequeno cane com a qual a Rainha costumava brincar. Ela o pegou e batendo firme nas palmas das próprias mãos, deu duas voltas em torno do corpo do forasteiro. Esfregou uma parte do cane nas suas nádegas e ele já afrouxava seu plastron em respeito àquela lei mais que original.

- Sim, meu rapaz, mas aviso que serão apenas 3 minutos, nem um segundo a mais! E em parte do cumprimento da lei, eu devo ajudar o senhor a despir-se para a garantia do dever cumprido.
- Como a senhora quiser, Majestade!

A Rainha tirou a camisa do forasteiro, abocanhando seus mamilos rosados, cravando seus dentes com furor. Com a outra mão, habilidosa por sinal, ela retirou suas calças e suas ceroulas, segurando com firmeza o objeto de punição. Faltavam os sapatos e a essa altura, o forasteiro não conseguia conter seu tesão...

- Por favor, alteza, tenha a bondade de afrouxar o meu membro para que eu consiga tirar os meus sapatos e assim possa honrar a minha promessa.
- Cale a boca, insolente! Restam 30 segundos para que cumpras as minhas ordens e verás como sou rígida nesse ínterim.

Abocanhando o pau rígido do forasteiro, mantendo um olhar sarcástico, a Rainha submeteu o pobre rapaz ao suplício de abaixar-se um tanto de lado, equilibrando-se ao mesmo tempo em que era chupado, para tirar os sapatos e as meias. Enfim o conseguiu, felizmente no tempo determinado.

A Rainha o empurrou contra a cama, ajoelhou-se diante daquele falo formoso e, de uma vez só, o colocou na boca novamente, sugando, lambendo, chupando. A essa altura o moço via seus sentidos o abandonarem. Perdia a noção do tempo e do espaço. Parando por alguns segundos, a generosa Rainha explicou:

- Como vê, meu Reino possui algumas leis um tanto diferentes e por essa razão eu me permito ajoelhar diante de um súdito ou mesmo de um escravo, desde que meu prazer esteja em primeiro lugar para ambos.

Voltando à arte do cunilingus, a Rainha deslizou sua língua para cima e para baixo, enquanto seus dedos reais percorriam o ânus do rapaz, um tanto assustado, mas satisfeito e entregue demais para qualquer recusa ou mesmo protesto.

- Agora a ordem é expressa. Despir-me-ei e deitarei sobre a cama, onde o senhor deve ajoelhar-se na altura dos meus ombros, penetrando minha boca como faria em outra parte do meu corpo que, se eu gostar deste serviço, poderás ter a honra de conhecer. Não pararás um momento sequer e, quando estiver prestes a me inundar, segurarás minha cabeça por trás dos meus cabelos a fim de que eu me prepare para o momento de júbilo. Se assim o fizer, serás agraciado com a oportunidade de beijar todo o meu corpo, inclusive as partes mais baixas.

- Nem em sonho eu imaginava receber uma ordem tão prazerosa como esta, minha Rainha.

Como ela ordenou, sentou de forma que seu membro penetrava os lábios quentes e macios da Majestade como se fossem a própria vulva a engoli-lo. Em poucos minutos, com a furiosa habilidade da Rainha e o incrível prazer que sentia, segurou seus lindos cabelos vermelhos com delicadeza por trás do seu lindo e perfumado pescoço. Sua língua ágil se esmerou em lambê-lo de forma constante, aumentando o tônus para o êxtase e uma enxurrada de esperma esquentou a úvula da Rainha, satisfeita com a ordem cumprida e o prazer alcançado. Suas duas esmeraldas brilhavam com paixão desenfreada. O forasteiro atreveu-se a descer o corpo, sem as ordens da sua Majestade, para beijar-lhe os lábios. O beijo longo selou o amor de Rainha e súdito, que assim permaneceria na eternidade daquele fogo infindável de ambos.

O súdito, honrado com aquela concessão celestial, beijou todo o corpo da Rainha que agora possuía sua alma e seu físico. E era só o começo de uma história com muitos capítulos de felicidade, luxúria, volúpia e prazer recíprocos.

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