quinta-feira, 28 de junho de 2012

A história sem fim




Há centenas de anos, alguns espíritos errantes se encontraram pela primeira vez. De modo grosseiro, alguns se feriram, outros se abraçaram em meio à embriaguez. Construíram castelos de pedra e outros de areia. Destruíram aldeias, angariaram dívidas, perpetuaram uma leva.

Muito tempo e muitas existências depois, sem um fio de memória aparente, 22 cavaleiros se encontrariam novamente com a desculpa de profanar o desejo, de mergulhar no mundano.

Aparentemente alguns nada possuíam de afinidade, já outros estranhamente se reconheceram por razões nada lógicas. Eram 22 almas sem pretensão à santidade, porém não talentosas a ponto de coordenar o inferno. Seres nem tão despretensiosos, com o intuito único de encontrar o prazer. E acabaram por encontrá-lo basicamente, simplesmente, furtivamente na amizade.

A carga do ego os cegou por algumas vezes, mas esta força intrínseca que fez com que seus espíritos errantes buscassem uns aos outros venceu todos os contratempos. Assim, o insano, o bruxo, a matriarca, o autoritário, o lúcido, a sádica-meiga, a desbravadora, o disciplinador, a isolada, o inquieto, o promotor, o generoso, a criatividade, o perdido, a brilhante, a sutileza, o iluminado, a sensatez e a originalidade vêm escrevendo esta estória / história que está apenas começando.

Vivat tarot societatis!


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