quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Pela minha cabeça


Eu tinha escrito tantas coisas pra ti, meu amor, mas ontem resolvi apagar quase tudo. Pensei que o teu post deveria ser tão emocionante quanto a alegria que tu me dás todos os dias ao me acordar com carinho, mesmo diante das maiores dificuldades.
Ontem à noite, ao ouvir ‘Por una cabeza’, de Carlos Gardel, pelas meninas do Quinteto de Cordas de Campos, senti essa emoção e percebi que havia achado a melodia adequada. Então recordei da cena do filme Perfume de Mulher, onde a personagem de Al Pacino conduz brilhantemente a de Gabrielle Anwar pelo salão, mesmo sendo deficiente visual.
Na minha cabeça maluca, muitas conexões foram feitas. Quando nos conhecemos, havia um abismo entre nós de interesses, de metas de vida, de entendimentos, de fé, de conhecimento. Mesmo assim, a afinidade – aquela que não se explica – foi imediata. A amizade e a química só cresceram. Os amigos mais próximos sabem que ambos tentamos negar, fugir, mascarar. Mas não deu. A vida nos passou uma rasteira e nos uniu de forma irredutível.
Sem entender muito bem, fomos usando a afinidade e o carinho para superar as diferenças e as barreiras da convivência. Muitas coisas mudaram. Aquele medo que sentia em ti por tantas novidades arrebatadoras foi sumindo. A confiança e o respeito crescendo. A paixão dando lugar ao amor.
Antes eu te via um tanto perdido diante da nova vida. Cego em teus preconceitos arraigados, nas tuas imposições ao próprio destino. Entretanto, mesmo portando essa ‘cegueira’, foste capaz de me conduzir da forma mais bela pelos salões do coração. Justo eu que já não acreditava mais em casamento, em amor duradouro, em planos para o futuro. Talvez a ‘cega’ fosse eu neste quesito...
E ainda que a letra de ‘Por uma cabeza’ não traduza nossa relação, a melodia que emociona diz muito a nosso respeito. Somos um casal diferente em idade, em aparência, em conduta. Não rezamos cartilhas fáceis nem seguimos modismos, muito menos temperamos nossas vidas com aprisionamento. Somos estranhos. Somos plenos.
Assim como disse uma ‘velha’ conhecida, acho que realmente começamos a aprender a amar e isto ninguém nunca vai nos tirar. Tu és o meu homem, meu marido, meu namorado, meu companheiro, meu amigo, meu porto seguro, meu brinquedinho pervertido, minha alegria e deste um passo muito além do que era o meu sonho...
Por isso, com toda segurança e gratidão do mundo, sei que nunca sairás do meu coração e que ainda queres ter essa chata e birrenta ao teu lado por bastante tempo.

Te amo!!!

Tua LV

6 comentários:

  1. Me deixou mais sem palavras que o de costume então só posso dizer que Te Amo... =D

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  2. Penso que uma cena assim podia ser interessante na play. Alguém dançando cego no salão. Até toco uma milonga no violão, pra ficar um pouco mais fácil.

    Parabéns pelo texto e pela expressão de beleza em palavras tão simples e profundas.

    Faço muito gosto.

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  3. Ahhhhh
    Que lindo *___*
    Fico tão feliz de ver as relações dando certo, os corações se encontrando e a vida cada vez mais plena daqueles que admiro e gosto
    Mts Mts Felicidades e cada vez mais realizações ao casal :)

    Bjsss
    Aurorah

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  4. É lindo saber que duas pessoas tão plenas conseguem se unir num mar único de plenitude...
    A vocês a minha gratidão por ser um amigo.

    Parabéns!

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  5. Bela declaração de amor lady Vulgata! Adorei a referência ao magnífico filme de Al Pacino. Felicidades e sucesso a vc ao seu marido!

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  6. Muito Lindo...

    Venho com carinho trazer o selo de meus quatro anos no BDSM de presente...

    Quatro anos vividos com intensidade...

    bjs de mel

    ursinha

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