domingo, 6 de novembro de 2011

Asas do desejo – mistérios de uma Papisa



                Há pessoas que nos despertam sensações estranhas. Não são sensações simples, que possam ser classificadas como boas ou más, porém complexas para fazer-nos refletir e até mudar alguns paradigmas.

                Há uma gaúcha entre nós que chegou de mansinho, se submeteu à vontade dos dominadores presentes no primeiro encontro, e se revelou uma promissora sádica na segunda play. A beleza de longos cabelos negros não é nada óbvia, exceto pelo gênio forte exposto nas poucas palavras que ela troca.
                Morgana Le Feu ou Senhora M13 não me permite usar o verbo ser (ainda). Não a decifrei com segurança para entender o que se passa em sua alma, mas sei o suficiente acerca da satisfação que tem trazido ao meu querido Monstrinho.
                No tarô, o arquétipo 2, a Papisa (ou Sacerdotisa), representa a sabedoria, a gnose, o sagrado, a lei e seus mistérios, a Cabala, a igreja oculta e a reflexão. Quando propus este arcano à Senhora M13 pensei no princípio feminino, que tanto é receptivo e materno, quanto misterioso e intuitivo. Há ainda que considerar os aspectos em grupo que são a reserva, a discrição, o silêncio, a meditação, a fé, a determinação e a confiança atenta.

                Dizem que pessoas deste arquétipo são pacientes, meticulosas, resignadas, com tendência às ciências e forças ocultas, mas não são afetuosas, embora recebam bem. O adendo a esta parte está no afeto. Noto que essa relação de afeto está intimamente ligada à emoção e à entrega; portanto, desejo que brevemente a minha parceira de liderança feminina de grupo consiga conquistar seu sonho e possa conversar mais comigo (diálogos cheios de 'bahs') e com todos nós.
                Mas mais do que tudo, desejo que ela continue fazendo meu Monstrinho feliz, que aprenda mais e mais deste mundo BDSM e que consiga mostrar a todos a pessoa maravilhosa e generosa que certamente é. A cara pode até ser de sádica, mas sinto que há uma energia tão acolhedora quanto a minha naquela alma soberana.
              

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