segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Rampeira de luxo
Mais uma peça da Lady. Coisas em comum com seu sub preferido: cabelos longos, nome, descendência, hobby, idade, estado civil e alguns fetiches. Este, um tanto mais ousado, se dispos de cara a realizar uma grande fantasia da mulher dominatrix: ver sua putinha de luxo perambulando pela rua como uma vadia profissional!
Os impedimentos, muitos. A coragem, bastante. O medo e a excitação, quase incontroláveis.
Vesti aquela coisinha linda com meias de seda, cinta-liga, calcinha bem pequena, uma sainha plissada bem curtinha; a blusa era justa, por cima de um sutiã de enchimento surrupiado da mulher. Os sapatos delicadamente escolhidos num brechó, encaixaram-se com perfeição nos pés da minha querida. Ficou linda aquela sissy de cabelos soltos. Lindos cabelos, aliás, lisos até as costas e cachos generosos nas pontas. Cabelos parecidos com os meus, inclusive, não fossem pelo brilho castanho natural.
Tive o cuidado de deixar alguns acessórios dentro do carro de forma que pudesse pegá-los com facilidade e escondê-los sem dificuldade. Lenços são perfeitos nessas ocasiões e pouca gente entende o porquê de eu ter tantos, de tantas cores e tamanhos.
Pronta para a cena do meu roteiro particular, pus a sissy no banco do carona e me dirigi àquela rua notoriamente convidativa ao prazer. Tínhamos que nos preocupar em não perturbar as trabalhadoras habituais e oferecer concorrência. Afinal, é de conhecimento comum que todos os pontos são demarcados por linhas imaginárias construídas por seus donos. E eu possuía apenas um trunfo pouco confiável: a camaradagem com um desses donos de espaços imaginários e exploração destes corpos bem reais.
Minha sissy tremia. Tentei acalmá-la com um beijo suave, alisando suas coxas. Pouco efeito fez na tremedeira das suas pernas. Perguntei se queria desistir e ela, com olhos fixos nos meus, reafirmou que não perderia a oportunidade de retribuir minha lealdade. Feliz... Como é bom saber que há pessoas que têm no sangue a ousadia e a coragem para realizar os seus próprios desejos e os de quem se estabelece uma parceria!
Naquele momento ela / ele ganhou muitos pontos comigo. Se já havia gostado da conversa e das brincadeiras iniciais, agora uma certeza crescia dentro de mim: finalmente teria uma peça próxima o suficiente para eu ensinar de fato a arte da feminização!
Abri a porta do carro numa das esquinas da rua em questão. Ela desceu imponente no salto, com seus quase 1,90 m de altura e os cabelos esvoaçando no vento frio que soprava do mar naquela noite. Seriam apenas alguns minutos. Fiquei na esquina oposta contemplando o seu caminhar esguio em meio às lamparinas do século 19. O primeiro carro que passou fez menção em parar, mexeu com ela e seguiu, talvez por não ter obtido resposta à sua pergunta. A todo instante ela me olhava, num misto de incredulidade e alegria, qual criança que aprontou uma travessura e se sente satisfeita com o passo a mais dado em busca da descoberta.
Passaram-se cerca de 10 minutos e eu fiz sinal de luz para que entrasse. Avistei uma outra "moça" se aproximando, com certeza para tomar satisfações. Ela entrou no carro, gelada, trêmula, porém com um largo sorriso nos lábios e um olhar indescritível de realização.
Eu era só pensamentos. Fugidios e impertinentes pensamentos. Muito prazer eu senti, mas ainda confesso que algumas lembranças insistiram em assaltar minha mente em cenas que agora pertenciam a um outro alguém...
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