sexta-feira, 31 de julho de 2009

dia mundial do orgasmo


na minha completa impossibilidade de pensar direito e sequer escrever linhas sobre o meu assunto favorito devido a gripe fortíssima que me pegou e me derrubou, pelo menos um vídeo eu tinha que postar...

felicidades e muitos orgasmos a todos...

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Ser ou não ser?


Ontem mais uma vez me perdi nos questionamentos após o ato e o cigarro. A costura do edredon ficou mais evidente, assim como os contornos da barba dele e a brasa que queimava na penumbra.

Ser domme é muitas vezes renunciar aos anseios da mulher. Quantas vezes eu quis apenas deitar e sentir um corpo pesando sobre o meu, sem a preocupação de comandar a cena. Ou adormecer com alguém ao lado sem a paranóia de estar agradando ou não.

Pois foi nos braços de um menino estranho que eu consegui essa leveza após longos meses de renúncia de mim mesma; da renúncia da mulher pela personagem. E cá não estou dizendo que é um sacrifício ser a Mistress ou que não me alimente da vaidade dela. Tampouco estou reclamando da imensa sorte que a vida me sorri quase todos os dias também no campo afetivo / sexual. Mas às vezes é tão bom ser leve, ser uma mulher simples, que quer um orgasmo comum numa foda comum com um papo comum, longe de elucubrações, teorias e pesos que não me pertencem (ou não, diria Dudu). Longe dos chicotes, das vendas, das velas, das roupinhas sexys. Apenas corpos nus, imperfeitos, excitados pela água quente correndo pelo corpo em meio à espuma do sabonete.

Aliás, venhamos e convenhamos, como é bom fazer sexo no chuveiro!!!

Não sei se ainda verei o menino, mas ele com certeza aliviou meus ombros e colocou um sorriso mais maroto nos lábios maliciosos da menina que ainda habita em mim. Lembrou-me o quanto é bom ser simples!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Três passos para uma masoquista sem rumo

Passo 2:

...

Mudei de idéia. Coloquei-a sobre a cama, como quem debruça uma estátua delicada no melhor canto da sala. Sempre carrego pelo menos uma vela comigo e uma caixinha de fósforos. A de hoje era vermelha, de 10 dias, para produzir muita cêra...

Coloquei a venda na moça, um tanto tensa. Corri meus dedos sobre seu corpo, belisquei os mamilos e beijei sua barriga. Observei o sexo úmido de tesão, apreensivo. O cheiro da pólvora tomou a atmosfera e ela deu um gemido abafado.

A formação da cêra quente é um momento ímpar na cerimônia de dominação; momento em que a domme observa seu alvo com respeito, autoridade, admiração, lascívia. O corpo da deliciosa masoquista havia sucumbido aos meus encantos. Não tratava-se de uma submissa e sim de uma moça que apreciava a dor, mas precisava ser convencida a confiar nas mãos de quem se propunha a subjugá-la.

Pinguei algumas gostas nos seios. Os gritinhos foram deliciosamente excitantes. Ambos ficaram vermelhos quase por inteiro. Torci os mamilos e puxei os prendedores. Delicamentemente apertei cada biquinho, deixando-os roxos.

Decidi amordaçar a moça com um dos meus lenços de seda - o preto. Ficaria mais sexy a cena, para meu deleite solitário. O som dos gritos contidos me excita.

Cada gota que caía, um degrau a mais no prazer. Não me contive e deixei a vela na cabeceira. Tinha que sentir seu néctar com os lábios. Minha leitura é sempre tão mais completa com os lábios, como se neles houvesse uma sinestesia apurada dos sentidos.

Ela estava molhada, rija, crescida, doce. Se contorcia com meu toque da língua. Mas meu limite estava distante. Peguei as cordas e resolvi lhe impor mais uma privação: amarrei-lhe os pulsos e os tornozelos, de forma que ambos ficassem unidos e eu a pudesse mover como uma canoa e, quando conveniente, pudesse afastar suas pernas.

Lindo! Já estava banhada de cêra vermelha cristalizada quando eu resolvi usar meu strap-ons. Ainda vendada, ela pôde sentir o gel frio escorrendo em meio às nádegas. A posição do bondage era perfeita para a penetração. Movimentava os quadris e mordia sua orelha em meio aos cabelos presos na venda. Fiz questão de respirar ofegante na nuca enquanto ela reagia apertando meu "membro" cada vez com mais força. A vadia sabia engolir um pau e não foi diferente com o meu, ainda que não seja exatamente uma parte oficial do meu corpo.



A sensação de comê-la e ir desgrudando a cêra aos poucos era a união perfeita entre a volúpia e o lúdico. Brincamos muito. Ela ria, sentia cócegas, gemia. Tirei a mordaça da boca e a beijei longa e profundamente.

Soltei todas as cordas. Apenas a venda permanecia.

- Agora vamos ver se você é boa mesmo. Me faça gozar!

Como quem tem na sua frente a última garrafinha de água no verão, ela se jogou entre minhas pernas, acertando o alvo de primeira. Vendada, sentia meu calor e excitação crescentes. A menina era realmente muito boa. Ulálá!

Em certos momentos, me fez lembrar meu Monstrinho... saudades...

Enfim, a danada conseguiu me arrancar dois orgasmos dos mais longos, daqueles bons, que deixam a gente com as pernas bambas.

Ainda deitada entre minhas pernas, os olhos ganharam uma malícia a mais:

- Quando vou conhecer teu sub, Mistress?
Pensei um pouco...
- Espero que em breve.
- Passei no teste?
- Que achas?
- Dei o melhor de mim.
- Não creio que deu o melhor de si, mas foi o suficiente para um teste e para te credenciar a conhecer minha peça mais cara.
- Obrigada, Mistress. Na verdade só o fato de estar contigo já foi um prêmio pra mim.
- Não puxe meu saco senão vou mudar de idéia. Sei o que sou, minhas virtudes e fraquezas. O reconhecimento quero que venha em forma de prazer e letras. No teu caso, a primeira opção me basta.

Algo em mim queria ir adiante no diálogo. Porém, respeitando o tempo de cada um, resolvi calar. Ser admirada talvez fosse um boa para manter a masoca no limiar da sensatez. Nada de apologias a verdades ou sanidade, mas bom senso nunca é demais!

Tomamos um banho divertido de banheira, brincamos um bocado e terminamos no cachorro-quente da esquina da minha casa, onde os marmanjos admiravam as únicas mulheres risonhas-desbocadas-ousadas-infantis.

Próximo encontro marcado para o acaso...