Ela amava João. Mas João ainda não a amava. Mesmo assim, eles tinham um porém, misto de reticências, dores e prazeres. João negou o beijo e o afago. Ela, impertinente, procurou na madrugada o consolo para a rejeição.
Maria era bonita, doce, pervertida. Ela não amava Maria, mas a conhecia muito bem.
Pedro era um garoto bonito, descolado. Pedro não a conhecia, mas sabia de Maria todas as noites.
E naquele pequeno espaço de veludos azulados, Maria amou a menina por um instante, quase o mesmo em que Pedro roubou seu beijo... seus beijos, seus afagos. Então ela que amava João, foi amada por Maria e beijada por Pedro.
E beijo roubado é mais doce do que pirulito açucarado... Amor adoçado é elogio-curativo em coração adormecido.
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