Ele era estranho, calado, semblante fechado. Mas algo palpitava dentro dela sempre que aqueles olhos castanhos cruzavam os seus.
Tatuagens expostas. Ela no tornozelo, pescoço e nas costas; ele nos braços, invadindo o peito e o pescoço, pulando camiseta afora. Haviam se conhecido há meses. Nunca prestaram muita atenção um ao outro. Mas naquele dia algo mudou. Ela falou dos seus fetiches para alguns amigos em comum e seu olhar brilhou. Aos poucos a atenção foi monopolizada, assim como ela gostava que fosse. P-R-O-V-O-C-A-Ç-Ã-O!
O interesse foi crescendo e as observações também. Em minutos ele já havia reparado no seu decote, nos seus pés, nos seu olhar e nos cabelos rubros, além das palavras sempre muito bem escolhidas, pronunciadas em tom lascivo por aquela boca carnuda. Sim, ela sabia seduzir até o mais duro dos machões!
Várias investidas de olhares. Vários encontros ‘casuais’. Várias reuniões...
- Podes ir lá em casa ver se há algo a aproveitar na minha discografia.
- Vou sim. Agora?
- Claro.
Havia fogo nos olhos clandestinos de ambos. Entraram porta adentro do apartamento. A timidez se configurou como mais uma arma diabólica de sedução.
- Tenho Glory Box e outras do Portishead (sorriso maroto)
- Não sei se lembro bem. Será que podemos ouvir no seu quarto?
Falta de ar. Os movimentos, frenéticos demais, deixavam a respiração tornar-se algo supérfluo em meio à volúpia dos corpos se fundindo, peças de roupa voando e passos mal conduzidos palpados nas paredes do corredor que conduzia à suíte. Certamente Glory Box era lembrada em casa vai-e-vem.
Foi tão rápido o traçado entre a frase tímida/marota e dois corpos nus em cima da cama que até este clássico da fuck music pareceria monótona se estivesse tocando.
Ela fez questão de lamber-lhe todas as tatuagens buscando apreender um pouco do da sua sensualidade. Ele era incrivelmente sexy! Ele deteve-se nos pés, nos seios, na boca, na nuca e no sexo, não necessariamente nesta ordem. Parecia querer engoli-la.
Pernas cruzadas e uma nova posição se adaptou à anatomia de ambos. Com suas mãos firmes, ele segurou os quadris dela, ditando os movimentos que ela suavemente mantinha com a pressão das suas coxas nas dele. Dessa forma tudo era acessível, do íntimo ou belo. Desenhos expostos, mamilos intumescidos e línguas muito ocupadas. Era difícil controlar o prazer, mas nenhum deles queria findar aquele momento de erotismo simbiótico tão raro.
- Não agüento mais. (Ela disse sussurrando, avisando do gozo iminente)
- Por mim ficaria aqui a noite toda vendo você gozar. (Respondeu lentamente beijando seu lóbulo da orelha esquerda)
Ela olhou no fundo de seus olhos, gemendo e implorando sem palavra pelo gozo simultâneo. Ele entendeu, moveu seus quadris e fez com que ela recostasse a cabeça sobre os travesseiros, de forma que as estocadas aumentassem de ritmo e ambos atingissem o orgasmo juntos.
Alguns segundos e os gritos concretizaram o desejo. Em seu íntimo, ela sentiu-se inundada de prazer.
E o rapaz a surpreenderia em poucos minutos quando ela percebeu que o pós-gozo foi apenas um rápido cochilo do ‘rapazinho’, já pronto para a próxima!
(Continua)
Delicioso. Muito bem escrito. Vejo a cena, sinto o cheiro de cio... Parabéns querida! LM
ResponderExcluirBelíssimo blog...
ResponderExcluirParabéns Lady Vulgata.. ;)
Bjosss
Lih.
Adorei. Já virei fã do seu blog.
ResponderExcluirSe puder, dá uma passadinha no meu:
http://arabellabella.blogspot.com/
bj
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