Há algum tempo venho estudando hipnose. Sempre achei algo interessante e uma vez até me submeti a uma sessão em Brasília sob a supervisão de um profissional.
O interesse pela hipnose erótica começou como uma curiosidade do meu Monstrinho no início do nosso relacionamento. Passei a devorar tudo que encontrava sobre o tema e até um curso de técnicas básicas fiz. O que sempre dificultou a prática entre nós é que a hipnose exige testes e tempo. Geralmente não dispomos de muito tempo e acabávamos por matar as saudades de outra forma. Por outro lado, com os outros submissos com quem me relacionei neste ano, não houve afinidade o suficiente para que eu me aventurasse a testar meus dotes de hipnodomme.
A primeira tentativa com MZ foi um desastre. Havia gravado alguns trechos, com direito a trilha celta e tudo, para usar na segunda parte do teste. Porém, não consegui fazê-lo relaxar e ainda por cima a ereção que ele manifestou logo nos primeiros minutos fizeram com que minha concentração fosse por água abaixo. Ok, não podemos acertar sempre de primeira, né... Mas minha natureza é insistente. Enquanto não esgoto as possibilidades de sucesso, não desisto!
Estava planejando como faria para testar novamente, sem muitas perspectivas. Na última sexta em que meu Monstrinho esteve aqui eu realmente não pretendia hipnotizá-lo. Mais uma vez ele não ficaria muito tempo e eu queria aproveitar para experimentar um novo "desenho" de bondage. Porém, a certa altura da noite, senti vontade de colocá-lo no meu colo; nem sei se por impulso de cuidar da sissy ou de realmente fazê-lo relaxar. Foi um momento especial entre nós porque foi muito além do bdsm... foi um momento onde os sentimentos afloraram!
E quem já me conhece um pouco sabe o quanto sou romântica na mesma medida em que sou safada...
Fui falando baixinho no seu ouvido enquanto manipulava algumas partes do seu corpo, alguns pequenos prendedores, intercalando com um lento cafuné. Ele fechou os olhos e fui dando alguns comandos. Percebi que estava cada vez mais relaxado e que, naturalmente, respondia fisicamente aos meus desejos sussurrados. Eu mesma me abismei com a pronfudidade que consegui obter por meio dos meus comandos despretenciosamente hipnóticos. Talvez por isso não tenha ficado muito tempo e o chamei. Tive que dizer três vezes seu nome verdadeiro para que voltasse a si, todo cheio de sorrisos, com os olhinhos verdes brilhando pra mim.
Sim, naquele momento fui mais Rainha do que normalmente sou; rainha porque consegui levá-lo, pelas minhas mãos, a lugares que ambos desconhecemos, mas que com certeza são prazerosos; rainha porque alcancei a plenitude da dominação, ainda que por alguns momentos; rainha porque sei que podemos progredir e realmente alcançar sensações ainda inimagináveis; rainha porque finalmente consegui abrir a porta de um novo fetiche.
Reviso, portanto, um texto anterior meu onde afirmo que um orgasmo simultâneo brinda um momento de afinidade absoluta entre domme e sub. Ainda concordo com isso; mas o que vivemos naquela madrugada prova que há meios de conseguir uma afinidade transcendente, que ultrapassa os limites do bdsm e consagra o amor e o respeito entre dois seres que se permitem o hedonismo!
Me lembro que foi tão gostoso estar no seu colo, que antes de começar a dizer qualquer coisa, eu já estava meio relaxadinho. Quando começou a falar docemente, fui aos céus, desliguei da realidade e voei nas asas que minha rainha me dava. Quando ouvi ela me chamando, parte de mim não conseguia voltar, outra parte não queria.
ResponderExcluirAgradeço minha rainha pelos bons momentos e concordo com ela "orgasmo simultâneo brinda um momento de afinidade absoluta entre domme e sub"